O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática (Cepid NeuroMat) da USP acaba de lançar o episódio especial Esperança gestada (maternidade e Parkinson), em comemoração ao 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, em seu podcast Vivo com Parkinson. Esta edição vai discutir se é possível gerar um filho mesmo convivendo com a doença. Para ouvir o podcast, basta acessar as principais plataformas de streaming de podcasts: Spotify, Google Podcast, Deezer, Stitcher, Castbox e Apple podcast.
O Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, entre outros sintomas. A doença costuma afetar pessoas que estão na terceira idade e fora do período fértil. Porém, há mulheres que possuem um diagnóstico precoce e optam por seguir a gestação mesmo tendo Parkinson. O episódio do Vivo com Parkinson trará informações desde a pré-concepção até os primeiros cuidados com o bebê para as pessoas que convivem com a doença.
Apresentação
As convidadas Edna Ribeiro e Daniella Gallo Cunha vão compartilhar suas experiências na maternidade com Parkinson. Edna descobriu a gravidez logo após ter recebido o diagnóstico da doença. Já Daniella apresentou os primeiros sinais do Parkinson durante a gestação, mas demorou anos para descobrir que tinha uma doença neurodegenerativa. Com o apoio da família, as duas gestaram a esperança necessária para criar as filhas.
Além das histórias das duas mães, o podcast também conta com os comentários de Danielle Domingues, médica obstetra responsável pelo setor de gestação em pessoas com doenças neurológicas do Hospital das Clínicas (HC) da USP. O episódio será apresentado pela jornalista Carolina Salles Carvalho e pela fisioterapeuta e professora da Faculdade de Medicina (FM) da USP e pesquisadora associada do NeuroMat, Maria Elisa Pimentel Piemonte.
“Embora o número de mulheres que enfrentam a maternidade com Parkinson seja pequeno, elas existem e estão à margem de tratamento adequado, como podemos constatar nos depoimentos dos nossos personagens no podcast”, explica Maria Elisa. “A importância do tema está em garantir o direito à maternidade segura, mesmo para mulheres com doenças neurodegenerativas, e possibilitar que a experiência da maternidade seja positiva para as mulheres que optarem por isso, recebendo tratamento adequado e especializado dentro do SUS”, complementa.
O podcast
Desde 2022, o podcast Vivo com Parkinson, da Rede AMPARO, busca informar sobre a doença, contando histórias que vão além dela. Cada episódio tem um tema diferente, dando voz a pessoas que vivem e convivem com o Parkinson, incluindo familiares, cuidadores, profissionais da saúde e pesquisadores. O podcast tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O Vivo com Parkinson traz abordagens sobre essa enfermidade, a segunda doença neurodegenerativa progressiva mais frequente no mundo. Nos últimos dez anos no Brasil, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população — público mais suscetível a enfermidades crônicas prevalentes na terceira idade. O formato de podcast se deu pelo aumento do uso dessa mídia sonora no Brasil.
“Eu me uni à Rede Amparo, que já é referência na educação e divulgação de informações científicas sobre o Parkinson, no intuito de oferecer um meio para que as pessoas pudessem conhecer mais sobre essa doença, discutindo temas relevantes e pouco abordados pela mídia”, afirma Carolina. A jornalista ressalta que a proposta do podcast é dar ênfase às histórias de vida dos personagens, fortalecendo seu protagonismo.
Com informações da equipe de comunicação do Cepid NeuroMat
Mais informações:rede.amparo@usp.br / @redeamparo / (11) 9970-1817