Ao longo de sua carreira esportiva, o atleta bateu cinco vezes o recorde mundial no salto triplo. Em Helsinque, superou duas vezes seu próprio recorde, com saltos de 16,12 m e 16,22 m. Sua melhor marca foi a dos Jogos Panamericanos de 1955, na Cidade do México: 16,56 m. Na época, o atleta treinava pelo Vasco, após uma década defendendo a camisa do São Paulo. A mudança para o Rio de Janeiro foi motivada por um convite para ser colunista do jornal Última Hora.
É que, além de atleta, Adhemar Ferreira da Silva foi jornalista, escultor, servidor público, ator e organizador de eventos. Formou-se em Educação Física na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Relações Públicas na Faculdade Cásper Líbero. Atuou na peça Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes, e no filme Orfeu Negro, ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1959. Foi também adido cultural na embaixada brasileira em Lagos, na Nigéria, entre 1964 e 1967.
Adhemar morreu de parada cardíaca em São Paulo no dia 12 de janeiro de 2001, aos 73 anos. Em 2012, seu nome entrou para o hall da fama do Comitê Olímpico Brasileiro. É o único atleta brasileiro homenageado no hall da fama da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF). A homenagem no Livro de Aço, em Brasília, foi proposta pela deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA).