A sensação de secura nos olhos pode ser um sintoma de falta de lubrificação, mas também pode ser caracterizada como uma doença similar a conjuntivites crônicas. O olho seco também pode ser uma síndrome causada por problemas na produção ou na qualidade das lágrimas. O professor Eduardo Rocha, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (FMRP), conta que é necessário realizar exames oftalmológicos para constatar a causa do olho seco, que pode inclusive estar relacionado a doenças hormonais e reumatológicas.
Um dos riscos do olho seco é deixar a superfície dos olhos mais vulnerável ou mais irritada, podendo levar a lesões oculares. O oftalmologista comenta que “a maioria das pessoas tem uma sensibilidade bastante alta nos olhos em relação à poeira e ao tipo de ambiente, dessa forma elas percebem a secura nos olhos. Mas às vezes isso é dado como uma questão natural, não é levado a sério, e causa piora no quadro, até chegar em casos de secura extrema, que alguns enfrentam porque acumulam resistência, tolerância a essas situações adversas. Isso se dá principalmente em indivíduos que usam lente de contato, com a perda da sensibilidade”.
Além disso, Rocha também indica que o uso prolongado de computadores e celulares pode aumentar a sensação de olho seco, pois o indivíduo diminui o número de vezes que pisca e lubrifica os olhos durante o período em que está concentrado na tela. Com a pandemia e a adoção de trabalho em home office, o professor alerta que o uso desses equipamentos por muito tempo, tanto para trabalho quanto para momentos de lazer, também pode sobrecarregar os olhos e reduzir a lubrificação.
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