A terceira e última etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe teve início em maio e terminaria no dia 5 de junho, mas foi prorrogada até 30 de junho. A campanha é destinada aos grupos prioritários, que foram gradualmente incluídos de acordo com as etapas separadas por datas. Esta tem como foco pessoas com deficiência, crianças, gestantes, adultos de 55 a 59 anos de idade e professores.
O Ministério da Saúde tem como meta a imunização de 90% dos grupos prioritários. Até maio, mais de 27 milhões de pessoas desses grupos ainda não haviam recebido a vacina. No entanto, com a prorrogação da campanha, a cobertura dos grupos prioritários passa de 80%. A professora Ana Paula Sayuri Sato, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, diz que a prorrogação da campanha já havia ocorrido em anos anteriores.
“A campanha deste ano ocorreu em fases, então os idosos e profissionais de saúde vêm sendo vacinados desde abril e as gestantes e crianças desde maio. Com a prorrogação da campanha, é possível que a cobertura da vacina nesses grupos se eleve ainda mais”, explica ela.
A professora aponta que a baixa adesão à campanha pode se relacionar tanto aos movimentos antivacina quanto ao distanciamento social. “Esta é uma situação atípica”, comenta Ana Paula, “já que a pandemia cria um receio de, ao buscar a vacina contra a gripe nos postos de saúde, infectar-se com o coronavírus”. Ela reforça que a imunização contra o vírus da gripe evita que indivíduos apresentem um quadro respiratório que causa uma sobrecarga ainda maior ao sistema de saúde.
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