Técnica da osteopatia já é usada por fisioterapeutas em atletas de alto nível

Fátima Caromano diz que a  universidade vê a osteopatia como uma ciência, acima de tudo, para a qualidade de vida das pessoas

 20/06/2023 - Publicado há 1 ano
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Usando as mãos adequadamente, fisioterapeutas aliviam dores em pontos específicos do corpo como coluna, braços e pernas – Foto: Pixabay
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A osteopatia é um tipo de tratamento fisioterápico em que se usa os movimentos das mãos  para auxiliar,  posicionar e alongar partes do corpo, ajudando e  estimulando a recuperação. No Brasil, a osteopatia teve início em 1989, cerca de um século depois da fundação da Escola Americana de Osteopatia, nos Estados Unidos, sendo cada vez mais reconhecida, inclusive pelos ótimos resultados proporcionados aos atletas de alto nível.

Fátima Caromano – Foto: Arquivo Pessoal

Esse trabalho é feito por um profissional formado em  Fisioterapia, de acordo com a professora Fátima Caromano do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (Fofito) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O fisioterapeuta precisa de uma especialização em osteopatia para poder atuar; além disso, pode seguir  carreira na área acadêmica com pesquisas aprofundadas.

Por utilizar técnicas manuais, não invasivas, é indicada para qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e para uma variedade de patologias, desde musculoesqueléticas até viscerais, inclusive emocionais, como psicologia, e até na odontologia.

Contraindicações

A osteopatia como recurso de saúde tem várias contraindicações. Isso significa que as limitações funcionais devem ser avaliadas, cada um com sua história individual, e as limitações físicas devem ser respeitadas. O aluno de doutorado Leonardo Penteado Nascimento, do Laboratório de Fisioterapia da USP, diz que a desenvolve em hospitais, principalmente na parte respiratória; já com as crianças a osteopatia é usada em casos de otite. 

A técnica dessa medicina manual já é usada na área esportiva, principalmente nas equipes de alto nível, em função dos resultados rápidos no  alívio da dor em atletas de alta performance. As grandes equipes já contam com esse profissional. A especialista da USP diz que a universidade vê a osteopatia como uma ciência, acima de tudo, para a qualidade de vida das pessoas. 

Na área acadêmica, a osteopatia é uma especialidade da medicina nos Estados Unidos, Rússia e no Japão. Em alguns países como Inglaterra e Austrália, é uma formação independente, assim como na Nova Zelândia. No Brasil e na América do Sul, e em alguns países da Europa como Espanha, Portugal e França, a osteopatia é uma especialidade da fisioterapia. É importante lembrar que a osteopatia não é indicada quando há risco elevado de lesionar ossos, ligamentos, articulações e nervos, por exemplo, assim como em casos avançados de osteoporose ou fraturas. 


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