No último dia 21, representantes do setor financeiro mais comprometido com as “finanças sustentáveis” participaram de um encontro, em Bruxelas, na Bélgica, promovido pela Comissão Europeia. Na oportunidade, foi discutido o documento Mudando de Marcha, elaborado em conjunto com a ONU Meio Ambiente.
Para o professor José Eli da Veiga, trata-se de uma “excelente notícia”, visto que, até os anos 2012 e 2013, grande parte do setor financeiro considerava as questões ligadas à sustentabilidade apenas “perfumaria”. Contudo, algumas empresas do setor produtivo se mostravam imbuídas do novo valor da sustentabilidade, como as ligadas ao setor energético e agrícola. “Elas tocavam ações importantes, mas sem apoio dos bancos e das financeiras.”
Eli da Veiga tem algumas hipóteses para explicar essa mudança de pensamento. Uma delas é a postura das empresas de seguros. Entre 2005 e 2013, as catástrofes naturais, como o Furacão Katrina (2004), somadas à crise econômica mundial de 2008, fizeram com que essas empresas levassem mais a sério os relatórios do IPCC, da ONU. “Uma das principais previsões dos relatórios é que as anomalias climáticas e os desastres naturais tenderiam a ser mais frequentes”, informa o colunista. E hoje, às 1o horas, no auditório da Unibes-Cultural, haverá o lançamento do livro de sua autoria O Antropoceno e a Ciência do Sistema Terra.
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