Com o aumento da expectativa de vida, crescem nos consultórios médicos as queixas relativas às alterações estéticas secundárias ao envelhecimento, como rugas, manchas e, principalmente, a flacidez em partes do corpo ou até mesmo na face. O cirurgião plástico Pedro Soler Coltro, da Divisão de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, explica que a flacidez nada mais é do que a falta de firmeza da pele, a qual pode ser causada por vários fatores – o principal deles é o genético.
“O que traz a firmeza da nossa pele e a sustentação para a nossa pele são principalmente as fibras de colágeno e de elastina, que todos nós temos, além de outros componentes”, explica o médico. Com o passar do tempo, porém, as pessoas tendem a apresentar uma perda ou uma diminuição dessas fibras. Alguns estudos apontam que, com cerca de 50 anos, nosso corpo produz somente de 35% a 40% do colágeno necessário para deixar a pele firme.
Ainda segundo o dr. Coltro, fatores ambientais também colaboram para acelerar o envelhecimento da pele, como, por exemplo, a exposição solar em excesso. A variação do peso também tem uma grande influência nesse processo – um emagrecimento muito repentino, decorrente de uma cirurgia bariátrica, pode vir a ser um grande aliado da flacidez.
Na entrevista que você pode ouvir, clicando no link acima, o dr. Coltro fala ainda sobre como tratar o problema. De acordo com ele, estão disponíveis tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos para a correção da flacidez, mas tudo vai depender de cada caso. Os custos costumam ser altos, mas alguns procedimentos são cobertos pelo Sistema Único de Saúde. O tempo de recuperação geralmente varia de 20 a 30 dias. É vital, porém, que a pessoa passe a adotar um estilo de vida saudável, o que significa evitar ganho de peso e praticar atividade física.