Uma das doenças mais antigas do mundo, a tuberculose continua matando, apesar dos avanços da medicina. O Brasil é especialmente afetado por ela – um terço dos casos de tuberculose ocorridos na América acontece por aqui. Provocada pelo bacilo de Koch, é transmitida por via respiratória, e suas vítimas são preferencialmente pessoas com maior vulnerabilidade: encarcerados, moradores de rua, alcoólatras, além daquelas com o sistema imune já abalado, como os portadores de HIV, por exemplo.
O pneumologista André Nathan Costa, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, alerta para o fato de que a doença se tornou multirresistente devido a tratamentos malfeitos. Eles se estendem por um período de seis meses e exigem adesão total do paciente – se este, por algum motivo, parar o tratamento no meio do caminho, a doença volta a se manifestar e a ser transmitida a outras pessoas, com o agravante de que os bacilos passam a ser mais resistentes às drogas habituais, exigindo a prescrição de outros medicamentos e um tempo ainda maior de tratamento.
Na entrevista cuja íntegra pode ser acessada pelo link acima, Nathan Costa alerta para a necessidade do diagnóstico precoce quando se trata de tuberculose e reforça a importância do tratamento adequado. A vacina BCG, presente no calendário vacinal, é a forma de prevenção da doença ainda durante a infância.