Estudos mostram que mudanças repentinas de temperatura causam problemas de saúde, constatação com a qual concorda o professor Paulo Saldiva, argumentando que um consórcio de pesquisadores em todo o mundo – do qual a USP faz parte – pesquisa as variações de temperatura em um ambiente urbano e os efeitos consequentes sobre a saúde da população. Num período de 15 anos, mais especificamente de 2000 a 2015, foram coletados dados de temperatura e saúde em 1.814 cidades brasileiras, algo que corresponde a, aproximadamente, cerca de 80% da população.
Foi demonstrado que, quando a temperatura varia de uma forma mais brusca, há um aumento no número de internações hospitalares, principalmente de crianças e idosos, numa proporção até cinco vezes maior do que a população em geral. Os efeitos das mudanças bruscas de temperatura ocorrem principalmente nos primeiros dias de uma onda de calor ou de frio. “Aparentemente, os mecanismos de adaptação à temperatura não conseguem acompanhar a velocidade com que o clima muda, fazendo com que tenhamos de prestar muita atenção quando é prevista uma mudança de temperatura abrupta na nossa região”, sublinha Saldiva. Acompanhe pelo link acima a íntegra da coluna Saúde e Meio Ambiente.