O MMS, sigla para o que em inglês significa “Solução Mineral Milagrosa”, vem se popularizando como um suposto tratamento para o autismo. Apesar disso, especialistas alertam para os riscos que a ingestão da substância traz.
Na verdade, MMS nada mais é do que o dióxido de cloro, uma substância corrosiva empregada industrialmente e que não é própria para o consumo.
A doutora Joana Portolese, coordenadora da equipe multiprofissional do ambulatório do Protea – Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria da USP, explica que os principais efeitos da ingestão do suposto remédio, que são vômito, diarreia, irritação e lesão das mucosas, são encarados pelos defensores do tratamento como sinais de efetividade do método.
O autismo é um diagnóstico crônico, para o qual não existe cura. O mais indicado é um tratamento multiprofissional, com atenção para as diferentes áreas do desenvolvimento do paciente. É o que conta a doutora Mirian Revers, médica ligada ao Protea.
O Protea é uma iniciativa do Instituto de Psiquiatria da USP e é coordenado pela doutora Helena Brentani. O ambulatório tem o objetivo de diagnosticar pacientes que possam estar no espectro autista e orientar pais e responsáveis sobre tratamentos adequados. Interessados em obter mais informações ou em realizar um agendamento para diagnóstico podem entrar em contato com o Protea através do endereço de e-mail autismousp@gmail.com.
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