
Quem nunca jogou fora um alimento que estava na validade, mas cheirava mal, por exemplo? Ou comeu um que estava fora da validade, mas apresentava-se bom? A validade dos alimentos envolve uma série de mitos e inverdades, que são espalhados através da cultura oral.
Inar Alves de Castro, professora associada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, explica que ”a validade de um alimento depende da quantidade de água livre que possui”, ou seja, não está ligada a outros componentes, como o sal e o açúcar. Os produtos com pouca quantidade de água livre tendem a apresentar primeiro problemas sensoriais, como odor e aparência. Já aqueles que apresentam maior quantidade devem ter problemas microbiológicos anteriores.
A especialista explica, ainda, que a data da validade é, na verdade, o ”período no qual a empresa se responsabiliza pela integridade do produto”. Assim, se o consumidor o utilizar depois desse período e tiver alguma alteração, a empresa não é responsabilizada, porque determinou o período no qual o alimento deveria ser consumido. Essa data é ”estipulada pelas empresas através de testes, que vão definir o prazo em que as primeiras alterações microbiológicas ou sensoriais vão ocorrer”, esclarece. Inar Alves conta ainda que é importante o consumidor ficar atento ao modo de armazenamento do alimento, informação que deve estar contida em sua embalagem.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza em seu site uma série de informações sobre o assunto. Confira a matéria completa no player acima.