Estômago funciona como reservatório muscular

As pregas do estômago aumentam o contato do bolo alimentar, permitindo ação eficaz do suco gástrico

 24/08/2018 - Publicado há 6 anos
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Na primeira edição do Anatomia Responde desta semana, o professor Luis Fernando Tirapelli dá continuidade à série sobre Sistema Digestório. O tema desta edição é sobre o  estômago, parte mais dilatada do canal alimentar, que tem formato oco saculiforme e se localiza na cavidade abdominal entre o fígado e o baço, ocupando a região epigástrica.

Com 25 cm de comprimento e capacidade de armazenamento de 1,2 ml de alimento ou líquido, funciona como um reservatório muscular, pois a velocidade na ingestão dos alimentos é maior que a sua digestão pelo intestino delgado. Em sua anatomia, possui dois orifícios de comunicação: óstio cárdico com o esôfago, e o óstio pilórico, com o duodeno.

O professor descreve que a mucosa interna do estômago tem grande número de pregas gástricas, elevações que aumentam o contato do bolo alimentar, permitindo ação eficaz do suco gástrico, que é formado por três secreções produzidas por células especiais dessa mucosa: ácido clorídrico, muco e algumas enzimas, principalmente a pepsina, que atua transformando as proteínas, para que depois, no intestino delgado, virem aminoácidos para a sua absorção.

Segundo Tirapelli, o alimento pode permanecer no estômago por até quatro horas, se misturando ao suco gástrico. Assim, o bolo alimentar se transforma em  quimo, massa acidificada e semilíquida. E, ao passar pelo piloro, vai sendo, aos poucos, liberado ao intestino delgado para dar continuidade à digestão.

O boletim Anatomia Responde é produzido pelo professor Luis Fernando Tirapelli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e pode ser conferido na íntegra no áudio acima.


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