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Considerado o pai da Patologia moderna, o médico Rudolf Virchow atuava como clínico e a sala de autópsia era onde ocorria o aprendizado, com questionamentos como: o que causou a doença? E como e quais órgãos foram afetados? Foi desse modo que se inaugurou a Anatomia Patológica e a Patologia Celular que agora inclui a Patologia Molecular. Todas com um papel fundamental para o diagnóstico preciso e a escolha do tratamento eficaz.
É no tratamento do câncer que a Patologia Molecular tem seu maior alcance, pois possibilita um tratamento específico, personalizado. O conhecimento das vias de carcinogênese abriu um novo capítulo no diagnóstico e tratamento do câncer. Quando se conhece a causa, torna-se mais simples o combate à doença.
Há que se adaptar e desenvolver estratégias na detecção de câncer e nos tratamentos antitumorais associados a características clínicas distintas, perfis moleculares exclusivos e microambiente tumoral para cada paciente.
Um diagnóstico preciso e o uso de medicamentos direcionados de forma molecular trouxeram avanços significativos no tratamento de câncer nos últimos 10 anos. Nas instituições de saúde voltadas ao atendimento de pacientes com câncer e ao rastreio da doença, fica evidente a importância do patologista no diagnóstico e no auxílio à definição do tratamento, participando ativamente de uma equipe multidisciplinar.
Na Oncologia, a Patologia é o começo do caminho de qualquer jornada. Sem essa especialidade médica, não sabemos o que irá ser tratado. Quem já teve câncer, conhece, pois aguardaram com enorme expectativa o relatório da Patologia.
Na Oncologia, os testes moleculares detectam alterações estruturais e funcionais no DNA, RNA e nas proteínas que identificam biomarcadores em potencial. As sequências de genes contidas no DNA e transcritas em RNA, são posteriormente traduzidas em proteínas que exercem funções celulares. Ao reconhecer essas alterações é possível alcançar um tratamento personalizado já que vários medicamentos podem agir em alvos específicos das vias moleculares.
No dia a dia do diagnóstico de câncer, os patologistas fornecem informações para seleção, desempenho e interpretação de testes diagnósticos, além de avaliar as implicações dos resultados nas decisões de cuidados. O diagnóstico, feito pelos patologistas, é fundamental para a definição e sucesso do tratamento.