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“Muito importante saber que agora nós temos um livro muito, muito bem elaborado, sobre a evolução e dedicado à ideia de que a evolução é um fato.” Essas palavras de José Eli da Veiga logo na introdução de sua coluna referem-se ao livro A Evolução é Fato, lançado recentemente pela ABC (Academia Brasileira de Ciências), obra que “junta os 28 cientistas brasileiros que mais trabalham sobre essa temática nas suas diferentes especialidades, que vão da geologia à biologia, passando pela física, e que foi um trabalho imenso, que começou ainda na pandemia, com o objetivo principal de mostrar que é fato, ilustrando principalmente, explicando quais são as principais descobertas e ilustrando. Então é um livro muito bonito. Ele está disponível, é fácil de conseguir, basta entrar no site da ABC e baixar o PDF, mas logo se vê que é um livro muito importante para que se tenha também na edição física”. O colunista observa ainda que as imagens são tão importantes quanto o texto.

E para aqueles que não acreditam em evolução? “É muito importante uma coisa que foi dita no lançamento que a ABC fez  e que eu vou repetir aqui: não há incompatibilidade entre alguém lidar cientificamente com o fato que é a evolução e ter a sua religião. Não é obrigatório, para entender a evolução, não é obrigatório que a pessoa tenha que largar as suas crenças”, diz Eli da Veiga, antes de prosseguir: “Agora eu queria chamar atenção, principalmente, para um outro aspecto. É um livro que vai ser muito importante evidentemente no combate ao criacionismo, design inteligente etc., mas não é um livro voltado para teoria, aliás, esse é um ponto fraco. A introdução, o livro é magnífico, os 28 autores foram excelentes, mas na introdução há uma confusão sobre fato e teoria, me parece que seria muito importante que nós tivéssemos um livro equivalente, daqui a alguns anos talvez, que falasse das teorias da evolução, evidentemente da principal, que é a teoria darwiniana, mas chamando a atenção para o fato de que a teoria darwiniana hoje não tem só uma interpretação. Falta conhecimento nesse sentido de expor, por exemplo, para os alunos das universidades, ao expor a teoria darwiniana, expor os principais expoentes, que têm as suas respectivas interpretações essa teoria”.

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