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A professora Giselle Beiguelman  é curadora da 12ª Mostra 3M de Arte, uma exposição que acontece em São Paulo desde 2010 e sobre a qual ela dedica esta sua coluna. Nesta edição, a mostra ocupa o Parque Augusta, “propondo um jogo de infiltrações nesse lugar, acionando, a um só tempo, um processo de absorção e decolagem do cotidiano. E esse processo eu defini a partir de um neologismo, infiltragem, que combina esses dois fatores, a absorção e a decolagem do cotidiano. A mostra contamina o espaço”. As obras estão infiltradas no parque e são muito diferentes entre si: há instalações, performances, happenings e obras interativas. Giselle diz que a mostra é pautada pela cultura urbana contemporânea, “porque ela percebe o espaço público como um espaço permeado por lugares provisórios, de encontro e fragmentação e em que convivem e se chocam o programado, o repetitivo, o contínuo com o inusitado, o desarticulado e o intermitente”.

Ela prossegue: “No horizonte desse imaginário em movimento, nós nos perguntamos que fabulações são possíveis. Como pensar obras que transcendem a necessidade de contemplação e se enroscam na vida da cidade, aderindo a um dos lugares mais emblemáticos das reivindicações do ativismo urbano da atualidade”. A mostra reúne um conjunto de sete artistas, entre coletivos e duplas, como Berna Reale, o coletivo Coletores, Guto Requena, Marcel Diogo, Mari Nagem, o coletivo Saquinho de Lixo e a dupla Vivian Caccuri e Thiago Lanis. Observe-se, contudo, que nem todas as obras estão disponíveis todos os dias. Portanto, Giselle recomenda que se siga o perfil da mostra no Instagram (mostra3mdearte) e o site https://www.mostra3mdearte.com.br/ para acompanhar os horários das performances e ações, como as de Berna Reale, Vivian Caccuri e Saquinho de Lixo. Tudo isso no Parque Augusta, de domingo a domingo, até o dia 19 de maio.

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