Projeto faz levantamento de líderes da área de ciências biomédicas que passaram pela USP

Intitulado DNA-ICB, o projeto tem como objetivo incentivar o empreendedorismo em diferentes áreas de atuação, como biotecnologia e biossegurança

 07/03/2023 - Publicado há 1 ano
Patrícia Beltrão Braga, professora do ICB, tornou-se uma das sócias-fundadoras da Tismoo – Foto: Canal USP

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A empresa júnior do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, ICBjr, realizou um levantamento de 34 empresas em que seus líderes possuíram vínculos com o instituto durante sua formação acadêmica. O projeto, que leva o nome de DNA-ICB, surgiu em 2019 por iniciativa do então diretor Luís Carlos de Souza Ferreira e teve como objetivo incentivar o empreendedorismo a partir do mapeamento de diferentes negócios, em áreas de atuação que incluem biotecnologia, biossegurança e outras.

Das empresas, nove delas concederam entrevistas, e todas permanecem atuantes no mercado. De acordo com Giovanna Moraes da Silva, diretora presidente da ICBjr na gestão de 2022, o intuito do projeto não foi medir o sucesso ou buscar um número absoluto de empresas existentes, mas sim prestigiar o trabalho realizado por elas, exemplificando como conseguiram aliar o conhecimento acadêmico ao empreendedorismo.

“A ideia era entender o propósito dessas empresas e de que formas o ICB contribuiu para que elas pudessem nascer”, explica. “A partir dessa proposta, conversamos com especialistas em inovação da USP, do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), e buscamos nomes em plataformas como o Linkedin, a procura de entrevistas e possíveis visitas às instalações das empresas.”

Os vínculos dos fundadores das empresas com o ICB variam. Ricardo Di Lazzaro Filho, um dos sócios-fundadores da Genera, empresa especializada em Medicina Genômica Pessoal, realizou iniciação científica em um dos laboratórios do instituto durante sua graduação. Já Patrícia Beltrão Braga, professora assistente no Departamento de Microbiologia do ICB, tornou-se uma das sócias-fundadoras da Tismoo, empresa que busca realizar diagnósticos direcionados a pacientes no espectro autista.

“Todos que entrevistamos destacaram a pesquisa de ponta como principal diferencial trazido pelo ICB”, conta Giovanna. “O networking e o desenvolvimento da empresa podem ter partido de outros lugares, mas a maioria das propostas veio de temas de base biotecnológica que esses profissionais tiveram contato durante suas pesquisas aqui.”

Segundo Ana Chieco, atual diretora-presidente da empresa, o projeto trouxe à tona o tema do empreendedorismo, essencial no contexto atual das universidades: “O empreendedorismo e a inovação na universidade são importantes para que os alunos enxerguem além dos horizontes do ambiente acadêmico. Muitas vezes o conhecimento científico é obtido com fim nele mesmo, mas aliá-lo ao empreendedorismo é um bom caminho para se obter produtos comercializáveis que possam ajudar a população em alguma questão ainda não resolvida”, pontua.

A ICBjr foi fundada em 2012 e federada em 2018, e tem como proposta ser um ponto de conexão entre a instituição e o mercado de trabalho, trazendo conceitos de aplicação e comunicação à comunidade da graduação. Além de projetos de divulgação científica, feitos através de redes sociais, e criação de sites para laboratórios diversos, a empresa presta serviços de análise microbiológica de alimentos, marketing científico e consultoria e realização de eventos na área da saúde.

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Texto: Divisão de Comunicação do ICB


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