Agronegócio brasileiro ainda precisa de maior integração

Apesar de a expressão já estar integrada ao nosso vocabulário, ainda falta maior envolvimento de alguns setores envolvidos

 18/03/2021 - Publicado há 4 anos
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O professor José Eli da Veiga destaca o lançamento do livro A Formação Política do Agronegócio, de Caio Pompeia. A obra, lançada recentemente pela Editora Elefante, é resultado de uma extensa pesquisa sobre a história do agronegócio. “A leitura é uma ótima oportunidade para se refletir sobre o tema”, recomenda. Segundo o colunista, o autor foi às origens da expressão, na Universidade de Harvard, e por lá ficou um ano conversando com as pessoas que tiveram participação direta na formulação do que se denominou agribusiness. “O autor começa a contar essa história desde os anos 1950”, conta Eli da Veiga. “No Brasil, podemos dizer que se fala em agronegócio, que é a tradução do termo, desde os anos 1990.”

O professor conta que a ideia, quando surgiu, quis romper com uma visão, até então predominante, de se estudar agricultura ou agropecuária de forma isolada. “A proposta foi que esse bloco precisaria ser estudado em conjunto, pois havia relações entre a agricultura e setores econômicos que precisariam ser consideradas. Daí não mais estudar agricultura ou agropecuária e sim agronegócio”, explica o colunista. Contudo, apesar de o Brasil ter importado a expressão há tempos, não há sinais dessa integração. “O que se vê ultimamente, de forma clara, é que os representantes do chamado agronegócio são os que atuam no ‘agro’ e que as grandes indústrias, antes da porteira e na distribuição, ainda não vestiram a camisa”, avalia Eli da Veiga, lembrando que esse tema será tratado em sua próxima coluna no jornal Valor Econômico do dia 26 de março.


Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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