Relação entre psicanálise e instituições de saúde é tema de livro

“Abordagem Psicanalítica do Sofrimento nas Instituições de Saúde” é de autoria da professora Maria Lívia Tourinho Moretto

 29/10/2019 - Publicado há 4 anos
Para professora Maria Lívia Tourinho Moretto, a discussão sobre a relação da psicanálise e instituições de saúde promove reflexões sobre a contribuição mútua que pode haver entre as duas áreas – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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Foi lançado na quinta-feira, dia 24 de outubro, o livro Abordagem Psicanalítica do Sofrimento nas Instituições de Saúde, da psicanalista e professora do Instituto de Psicologia (IP) da USP, Maria Lívia Tourinho Moretto. De acordo com a autora, o eixo temático central do livro é a articulação entre Psicanálise, Saúde e Instituição. Com experiência de mais de 30 anos atuando como psicanalista, e 20 como docente na Universidade, a professora formulou questionamentos sobre as demandas endereçadas ao psicanalista neste contexto, quais são os efeitos de seu trabalho, quais diferenças se produzem a partir deles e por quais razões eles interessam à área da saúde.

Livro é publicado pela Zagodoni Editora – Foto: Divulgação/ Editora Zagodoni

“Dado o caráter insistente do sofrimento em uma cena pouco ‘equipada’ para abordá-lo, propomos um modelo de saúde no qual cabem práticas de cuidado baseadas no acolhimento e na escuta, para além dos protocolos e consensos, dando subsídios sólidos para a formação de profissionais da saúde capazes de acolher o sofrimento singular, ali onde ele é pertinente, sem precisarem transformá-lo em patologias psíquicas para abordá-lo”, diz.

A obra é voltada para todos os profissionais da saúde, trazendo uma discussão sobre quais problemas desse campo podem se resolver por meio da intervenção, da investigação e da pesquisa psicanalítica, a fim de que se possa refletir a respeito do que confere o caráter de contribuição mútua ao trabalho realizado. “A experiência do psicanalista nas instituições de saúde e na Universidade é um dos modos muito interessantes de ele se comprometer com as práticas de cuidado com a vida, uma vez que seu trabalho permite constatarmos que é o modo pelo qual nos interessamos pelo que as pessoas falam que faz com que elas valorizem o que dizem”, conclui a professora.

 


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