Uma pesquisa genética de larga escala feita com amostras de câncer de colo de útero mostrou que vale a pena testar uma imunoterapia para esse tipo de tumor.
Em alguns desses cânceres, os cientistas encontraram muita quantidade de uma substância chamada PD-L1. Ela se liga ao linfócito, um tipo de célula do sistema imunológico do nosso organismo que deveria identificar e eliminar a célula do tumor. Ligado à PD-L1, o linfócito fica inativo.
A partir dessa descoberta, pesquisadores perceberam que a situação que ocorre em parte dos casos de câncer de colo de útero talvez possa ser revertida com uma ferramenta que já é usada contra o câncer de pele do tipo melanoma. É uma imunoterapia, um tratamento que reativa as células do sistema imunológico para que ataquem o tumor. Veja uma representação no vídeo:
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=YgDX_L_xFh0[/embedyt]
Genes e HPV
No mesmo estudo também foram encontrados novos genes relacionados ao câncer de colo de útero.
Quanto ao vírus HPV – um dos causadores desse câncer – os pesquisadores viram que o subtipo HPV 18 tinha seu DNA sempre incorporado ao DNA da célula – o que talvez explique por que ele é o mais perigoso.
A pesquisa foi publicada no site da revista Nature. Entre os pesquisadores brasileiros que fizeram parte do estudo estão Daniel Tiezzi, Jurandyr M. Andrade, Houtan Noushmehr, Carlos Gilberto Carlotti & Daniela Tirapelli, da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto.