Alguns relatórios divulgados por órgãos específicos de algumas áreas podem trazer surpresa para especialistas. Foi o que aconteceu com o anúncio feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) de que houve leve queda do desemprego em 2018. O referido ano fechou com taxa de 5% (em 2017, índice foi de 5,1%), o que representa cerca de 172 milhões de desempregados.
Apesar de parecer pessimista, a afirmação de Paulo Feldmann de que a redução do desemprego não era esperada e sim o contrário, ou seja, seu aumento, é explicável. Segundo o professor da FEA-USP, está havendo uma diminuição do comércio mundial, por isso a surpresa com a queda do desemprego.
Contudo, o desemprego mundial pode ter reduzido pelo fato de que a média mundial de desemprego está baixa, conforme falou Feldmann. Um temor do mercado se deve à possível guerra comercial entre EUA e China, que, até o momento, só ficou no discurso. Por causa disso, talvez, as empresas não estejam ainda confiantes em relação a uma guerra comercial entre as atuais potências econômicas.
Em se tratando de combate ao desemprego, o professor ressaltou o importante papel de políticas públicas atuando para a redução das taxas de desemprego e aumento dos contratos de trabalho, principalmente na Ásia. Em se tratando de Brasil, Feldmann diz que há um problema com a questão do desemprego, “porque aqui acredita-se que o mercado vai resolver o problema”.
Paulo Feldmann ainda comenta a constatação da OIT da persistência da disparidade de salários entre os sexos no mundo.
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