Novos corpos e vivências na USP: "caloures" contam desafios e significado de estar na universidade

Estudantes da Escola de Comunicações e Artes falam sobre perspectivas de futuro e como conciliar estudos, trabalho e cuidados com a família

 Publicado: 10/06/2024

Texto: Amanda Ferreira*

Arte: Beatriz Haddad**

No sentido horário: Ana Bispo, Natália Santiago, Guilherme Andrade e Wesley de Oliveira - Fotomontagem com imagens de Reprodução/Youtube - ECA USP Oficial

Ao longo dos últimos anos, a Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP tem recebido, cada vez mais, estudantes de segmentos da população que ainda enfrentam dificuldades para acessar a universidade pública e nela permanecer. Entre essas pessoas, estão estudantes periféricos, egressos de escola pública, negras, negros e LGBTQIA+, que compartilham suas histórias de vida e como conciliam estudos, trabalho e cuidados com a família.

Em vídeo produzido pelo Laboratório Agência de Comunicação (LAC) da ECA, quatro “caloures” falam sobre os principais desafios de suas rotinas no primeiro ano da graduação, sobre o significado de entrar na Universidade e o que esperam do futuro. Essas pessoas estão se graduando nos cursos de Jornalismo, Biblioteconomia, Educomunicação e Música.

“Quero estar aqui não só no sentido de ocupar este espaço, mas garantir que outras pessoas também possam ocupar e que este lugar seja cada vez mais democrático”, afirma Guilherme Andrade, de 20 anos, que mora em Diadema e estuda Jornalismo na ECA.

Confira os depoimentos a seguir:

Inclusão e pertencimento

A ECA é um lugar de expressão criativa e artística. De acordo com recomendações da própria escola, uma primeira possibilidade para estudantes encontrarem espaços para suas personalidades se expressarem, e a que está mais à mão de quem é da graduação, é conversar entre colegas,  docentes, trabalhadoras e trabalhadores de forma livre, sobre como se envolver ativamente com o que acontece na escola, de acordo com seus interesses.

Outra indicação é a busca por entidades estudantis, que se reúnem para a movimentação política, a prática esportiva ou ações culturais, como o Centro Acadêmico Lupe Cotrim (CALC), a ECAtlética e a Batereca

Também é possível se envolver com as atividades de coletivos organizados por estudantes e outros segmentos da Universidade, além dos projetos de extensão, que promovem práticas artísticas e de formação em diversas áreas. Além de serem uma forma de lazer, aprendizagem e formação política, as atividades funcionam como um mecanismo de amparo e articulação.

*Com texto de Everton da Cruz Souza, Gislaine Oliveira e Verônica Cristo, do Laboratório Agência de Comunicação (LAC) da ECA 
**Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado


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