Série em vídeo explica como funciona a epigenética

Produções do Genoma USP buscam elucidar temas sobre genética relacionando conteúdos da biologia com dúvidas frequentes sobre o assunto

 Publicado: 17/06/2024
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Sete episódios explicam a epigenética para o público – Foto: Reprodução / Youtube

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Como o ser humano se desenvolve a partir de uma única célula? Por que os gêmeos idênticos ficam diferentes ao longo do tempo? Essas são algumas das perguntas que buscam ser respondidas na série ABC Epigenética, um compilado de vídeos produzidos e disponibilizados no
Canal de YouTube do Genoma USP. Genoma é o nome do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco, ligado ao Instituto de Biociência (IB) da USP, importante referência no atendimento a pessoas com doenças genéticas. 

O tema escolhido para a série de divulgação científica é a epigenética, uma área da biologia que estuda as mudanças na expressão gênica que podem ser herdadas e que não alteram a sequência do DNA. A série conta com sete vídeos e em cada um deles é abordado uma parte específica dessa área do conhecimento, como as particularidades genéticas das fêmeas mamíferos (aqueles que têm cromossomos sexuais XX) ou como é possível as células humanas terem o mesmo genoma.

Os vídeos buscam trazer os assuntos científicos, investigados pelos pesquisadores do Genoma, de uma maneira didática, por meio de ilustrações e metáforas que auxiliam o entendimento do público geral de temáticas a princípio complexas, como o impacto do meio no organismo e o desenvolvimento de tipos de câncer. “As alterações epigenéticas já foram observadas em todos os tipos tumorais”, conta em um dos vídeos Talita Ferreira, doutora em oncologia molecular. 

Ela explica que essas alterações geram silenciamentos dos genes, o que impede a leitura do conteúdo ali presente, ou ainda a reação exacerbada dos genes, que faz com que os elementos genéticos tenham que fazer múltiplas tarefas ao mesmo tempo. Quando as marcas epigenéticas são modificadas de maneira incorreta devido a exposição a fatores ambientais, como a fumaça do cigarro – composto por substâncias cancerígenas -, o funcionamento celular é alterado. Essa alteração pode desencadear doenças como o câncer. 

Os pesquisadores também mostraram em um dos vídeos da série o por que da ciência ainda não viabilizar que pessoas do mesmo sexo tenham filhos. Na década de 80, um grupo de pesquisadores realizou um experimento com camundongos, que remanejou os núcleos gerando embriões com bipaternos, bimaternos e um com genes maternos e paternos. 

Apenas o embrião com genes tanto do pai quanto da mãe foram viáveis e férteis. Isso porque os genes maternos e paternos carregam consigo marcas específicas que são repassados para os filhos e que são ativados apenas se forem herdados do pai ou da mãe. No caso de descompassos, o desenvolvimento do embrião é comprometido.

Confira todos os episódios da série no Canal do Genoma USP no YouTube.

Para saber mais sobre o Genoma USP acesse a página do grupo, o Facebook e o Instagram.

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Estagiária sob supervisão de Thais H Santos e Claudia Costa


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