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Para entender a aquisição de linguagem nas crianças e o processo de aprendizagem de uma segunda língua nos adultos, pesquisadores da USP conduzem pesquisas sobre os fenômenos linguísticos, procurando padrões e comportamentos. O trabalho é realizado pelo Laboratório de Estudos em Aquisição de Linguagem (Leal) do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. As professoras que coordenam o projeto, Elaine Grolla e Raquel Santana, explicam como são feitas estas pesquisas num vídeo produzido pelo Serviço de Comunicação Social da FFLCH disponível no Canal USPFFLCH no YouTube neste link ou no player abaixo.
“A linguagem é um conhecimento que todos nós possuímos, pois todo falante nativo de uma língua a adquiriu durante a primeira infância, sem ensinamento explícito […]. A ideia é tentar entender como é possível que uma criança tão nova consiga se desenvolver de modo a adquirir sua língua nativa. A outra parte é estudar como ocorre esse processo nos adultos adquirindo uma segunda ou terceira língua”, explica Elaine Grolla sobre os principais objetivos do laboratório.
O projeto conta com alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, que exploram diversas áreas do processo de aquisição da linguagem. Ao longo dos anos, os pesquisadores do laboratório montaram um banco de dados com vídeos de crianças gravados periodicamente para analisar seu desenvolvimento linguístico – atualmente, o banco de dados já tem mais de 450 horas de gravação. “Dessa forma, conseguimos estudar não só a aquisição de fonologia, mas também a aquisição de sintaxe e de morfologia, por exemplo”, comenta Raquel Santana.
Os orientandos das coordenadoras também foram entrevistados e explicaram um pouco mais sobre suas pesquisas. Os temas são variados, englobando desde as fases de desenvolvimento das crianças até os contrastes entre o português brasileiro e o português europeu no processo de aprendizagem da língua inglesa.
Clique no player abaixo para conferir o vídeo.
Para fazer parte do Leal, as coordenadoras explicam que o primeiro passo é entrar em contato com o laboratório. O estudante interessado no tema pode marcar uma reunião com as professoras e apresentar a área em que deseja se aprofundar. Mais informações sobre o ingresso no laboratório podem ser acessadas neste link.
*Texto: Gabriela Ferrari Toquetti e Renan Braz, da Assessoria de Comunicação da FFLCH-USP