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Prédio da Engenharia Civil na Escola Politécnica da USP - Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Programa oferece bolsas e mentoria para ingressantes na Escola Politécnica da USP
O Poli Retribua é uma iniciativa da Associação dos Engenheiros Politécnicos e disponibiliza o benefício, desde 1985, para evitar evasão nos cursos de graduação
O Programa Poli Retribua oferece bolsas e mentoria para os alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica do primeiro e do segundo ano da Escola Politécnica da USP. Desde 1985, a iniciativa de um grupo de profissionais voluntários egressos da Poli busca proporcionar aos estudantes condições a fim de evitar a evasão nos cursos de graduação e preparo para o mercado de trabalho.
Dario Gramorelli, presidente da Associação dos Engenheiros Politécnicos, que encabeça o programa, explica que, durante os dois primeiros anos na Poli, os alunos são expostos a dificuldades e desafios do próprio estudo, em função das exigências dos cursos. Aqueles que possuem certa condição de vulnerabilidade socioeconômica acabam sendo mais impactados. “Há alunos que transitam quase cinco horas por dia, para saírem da sua residência e irem até a escola [Politécnica]. É uma dificuldade, além da própria dificuldade do estudo, o que acaba criando desestímulos”, adiciona ele.
O Poli Retribua não fornece apenas bolsas para os alunos, a fim de prestar auxílio material. Como incremento do programa, foi criada em 2017, por meio da ação do professor Marcos Rodrigues, uma mentoria para apoio educacional e acolhimento dos alunos. A mentoria também surge como um guia para os calouros, ao situar os alunos dentro do ambiente universitário, que podem se sentir perdidos ou com impressões equivocadas sobre a Escola Politécnica.
Para participar e receber o benefício, o aluno passa por um processo de análise de perfil socioeconômico. Para isso, a Associação dos Engenheiros Politécnicos realizou pesquisas dentro da própria Poli, a fim de traçar características dos alunos: “Nós fizemos uma pesquisa para saber sexo, orientação de gênero e origem da formação educacional e etnias”, explica Gramorelli. Os dados indicaram que a Poli é um ambiente diverso, apresentando números maiores que a média encontrada na Universidade.
Como participar
A seleção de bolsistas utiliza critérios de ranqueamento da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP, em função da condição de vulnerabilidade social, o que introduz o aluno no processo de escolha para o recebimento ou não do benefício. Os alunos interessados deverão baixar a ficha de intenção, disponível no site da Associação dos Engenheiros Politécnicos, preenchê-la e encaminhá-la para o e-mail aep@politecnicos.org.br. Depois, serão distribuídos links para o preenchimento de informações pessoais e adicionais dos futuros possíveis bolsistas. Também há um processo de escolha para a mentoria, em que são privilegiados egressos da Poli que desejem participar do trabalho voluntário.
O presidente da AEP também salienta que, durante o processo, são utilizados critérios como o desempenho em vestibulares, para os alunos ingressantes, e acadêmicos para os estudantes do segundo ano. Dessa vez, serão privilegiados os ingressantes do primeiro ano, e os detalhes do processo de escolha dos anos e os resultados serão disponibilizados por meio de um edital de conhecimento dos alunos no momento da matrícula.
Mais informações estão disponíveis em poliretribua.org.br, e no site da Associação de Engenheiros Politécnicos politecnicos.org.br.
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