Desde que o empresário Elon Musk adquiriu o Twitter, a plataforma vem pendendo para a extrema-direita e é sobre isso que o professor Carlos Eduardo Lins da Silva fala em sua coluna. Não bastasse a compra da plataforma ter sido envolvida em muita polêmica, Musk demitiu um número imenso de funcionários e garantiu que faria do Twitter um espaço apartidário para a liberdade de expressão. “Como Bolsonaro, como o Trump e como outros, Musk usa esse termo como se fosse uma coisa que correspondesse ao significado real da palavra”, argumenta Lins da Silva. “De fato, o que acontece é que o Twitter se transformou num lugar onde o discurso de ódio aumentou imensamente, onde a pornografia aumentou imensamente e onde os anúncios de casas de aposta aumentaram imensamente. E tudo isso fez, entre outras coisas, que o Twitter perdesse anunciantes. Desde que Elon Musk tomou o Twitter, os anúncios da plataforma diminuíram em 59%, segundo revelou, na semana passada, o The New York Times.
O Twitter, antes a plataforma preferida dos jornalistas, se transformou num espaço tóxico, prossegue o colunista, levando à desfiliação de muitos usuários. Não satisfeito, Musk agora move suas peças no tabuleiro político norte-americano e está empenhado em apoiar a candidatura presidencial do governador da Flórida, Ron DeSantis, “que é tão ou mais à direita do que Donald Trump”. No entanto, o evento transmitido por áudio foi um fracasso e “a participação do Musk alguma coisa perto do bizarro”. Nesse movimento, ele também trouxe para o Twitter um ex-porta-voz de Donald Trump. Por essas e por outras, graças a Elon Musk, o Twitter vive uma imensa crise e sofre uma grande perda de prestígio.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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