Nos últimos anos, há uma ascensão de campanhas de desinformação em períodos eleitorais, que podem ser vistas nas eleições presidenciais dos EUA e municipais do Brasil deste ano. Para o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, até a eleição norte-americana de 2016 a ênfase da cobertura de imprensa se dava para as fake news propagadas no Twitter, Facebook e YouTube. Em 2020 surgiram novas estratégias.
O colunista comenta que, na eleição recente dos EUA, foram feitos telefonemas de robôs que diziam, principalmente para classes menos instruídas, que, se a fila da votação estivesse grande, eles poderiam votar no dia seguinte à eleição. Lins da Silva diz que esse tipo de desinformação é mais eficaz que nas redes sociais.
Para ele, é difícil combater esse tipo de ação, pois é efetuada por meio de computadores e tecnologia avançada. A imprensa tem dado resultado nas checagens das informações verdadeiras, como nos casos em que Twitter e Facebook carimbaram mensagens de políticos dos EUA como “potencialmente não verdadeira”, impedindo até que fossem retweetadas sem comentários anexados do Twitter. Lins da Silva acredita no poder da pressão da imprensa. “No entanto, isso só vai ser resolvido quando a cidadania em geral estiver realmente consciente de que a desinformação é um problema e que cada cidadão tem que estar atento a ela.”
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Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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