A Olimpíada de Paris está chegando, e com ela as preocupações e os cuidados com as chamadas deepfakes e a desinformação, tema desta coluna do professor Glauco Arbix. A inteligência artificial deverá ser usada intensamente na preparação, apresentação e organização dos jogos de Paris, aperfeiçoando a comunicação com o público, a exposição de dados e a rapidez de comparações históricas. Acordos para a consecução desses objetivos já foram firmados entre os organizadores da competição e grandes empresas, como a chinesa Alibaba. Por tudo isso, o colunista acredita que a cobertura da Olimpíada promete ser muito inovadora, apesar da preocupação com a desinformação, principalmente com a deepfake, recurso que distorce ou substitui imagens e vídeos “com técnicas de inteligência artificial tão realistas que tornam muito difícil a distinção entre o que é real e o que foi manipulado, é um perigo que ganha força em períodos eleitorais, mas que infelizmente tomou conta da política mundial”.
A respeito disso, recentemente foi divulgado um vídeo falso sobre a Olimpíada na França, o qual trazia imagens do ator Tom Cruise e apresentava assinaturas falsas da Netflix, do New York Times e da BBC. Desc0briu-se que essa deepfake nasceu na Rússia, produzida pelo grupo de hackers Storm, com a finalidade de desestimular e amedrontar a ida de visitantes e turistas de todo o mundo a Paris. “O comitê organizador da Olimpíada se prepara para flagrar esse tipo de falsificação”, diz Arbix. “O esforço das autoridades é colocar a inteligência artificial para combater a própria inteligência artificial e impedir que a tecnologia fabrique fraudes, chantagens e desinformação.”
Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.