O professor Luli Radfahrer defende que os aplicativos deveriam ser desenvolvidos por profissionais de comunicação e explica o porquê nesta edição de sua coluna. Em sua opinião, o desenvolvedor deve ser apenas mais um componente no processo. “Do mesmo jeito que o administrador é, o jurídico é, o financeiro é, muitas startups se dão mal porque o indivíduo não entende nada de RH, não entende nada de contabilidade, do mesmo jeito que muitos aplicativos são ruins porque o projeto não entende nada de comunicação […] essa mudança precisa acontecer, o aplicativo precisa começar na comunicação e terminar na tecnologia e não o contrário.”
O colunista entende que a comunicação não pode entrar depois. “Hoje em dia, quando você fala de comunicação em tecnologia, o cara de comunicação é aquele cara que está gerando conteúdo, ele está bem na pontinha do processo, sendo que uma parte superimportante do desenvolvimento dele foi deixada para trás […] ninguém quer tirar o desenvolvedor do processo, mas você pode tranquilamente montar uma estrutura de, se eu clicar aqui, vai aparecer a tela A, se eu clicar aqui embaixo vai aparecer a tela B, eu não preciso nenhum desenvolvedor para isso. O profissional de comunicação faz a estrutura, do mesmo jeito que a gente quando fazia revistas, e daí o desenvolvedor vai pegar e vai refinar isso, vai transformar num projeto bacana. Essa conversa com eles tende a ser muito melhor. Quando o indivíduo que cria o aplicativo sabe o que quer, ele tem um desenvolvedor muito mais proativo e a conversa é muito melhor”, finaliza Radfahrer.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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