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Nesta edição de sua coluna, o professor Glauco Arbix celebra a volta do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, criado em 2003, quando do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e desmontado durante o governo de Jair Bolsonaro. Para Arbix, o órgão é uma porta aberta para o diálogo com representantes da sociedade, “o que é chave para um país como o nosso, que conta até hoje com um Estado hipercentralizador e que tem dificuldades para ouvir a sociedade”. O colunista lembra que, durante a existência do conselho, várias propostas foram absorvidas pelo governo e tornaram-se realidade, como o programa Minha Casa, Minha Vida, além de outros projetos importantes que tiveram impacto na formação do orçamento federal. Ele diz ainda que o conselho deu força e ajudou fortemente a posicionar no centro da política industrial a necessidade de o Brasil construir empresas e uma economia inovadora.

Arbix igualmente comemora o fato de o conselho incluir entre os temas de sua preocupação o da sustentabilidade, uma palavra que, de acordo com ele, aponta para novos desafios em todas as áreas, em especial na ciência e na tecnologia, peças-chave para o combate às mudanças climáticas. Para o colunista, embora ainda esteja em seu início, é alentador saber que foi recuperado mais um espaço de diálogo entre o governo e a sociedade, “conduzido diretamente pelo presidente da República e voltado para gerar soluções para grandes problemas do País”. Arbix salienta ainda que o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável tem oito pesquisadores da USP. “É sempre bom pensar que o Brasil conseguiu trazer um espaço de troca de ideias e propósitos que havia sido extinto e todos sabemos que é um terreno fértil para que a ciência e tecnologia tenha sua voz potencializada.”

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