Em 1821 o pensador liberal moderno Benjamin Constant fez um discurso, em Paris, sobre a distinção entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos. A liberdade dos antigos consistia na reunião, em praça pública, como em Atenas, onde os atenienses decidiam os rumos da cidade. Porém, a liberdade dos antigos era uma liberdade onde tudo podia, sem individualidade na vida privada.
A liberdade dos modernos tem como tema a liberdade civil, garantida pela Constituição, de não ser molestado na honra. O pensamento de Benjamin Constant tem um ponto importante “a liberdade moderna tem duas faces, a pública e a privada: dois lados que se complementam”.
A liberdade como igualdade perante a lei e a liberdade que se exerce no interior de um grupo, de um partido, de uma assembleia ou de um país. Nela todos são iguais frente às normas estabelecidas. “Houve um casamento entre a liberdade dos modernos e a democracia liberal. A democracia liberal é totalmente contrária à violência. Ela é a forma de resolução pacífica dos conflitos, que normalmente se resolve através do voto”, avalia Amaral.
Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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