A educação de qualidade é algo que os pais e responsáveis desejam para os filhos desde os primeiros anos escolares. Esse também é o quarto objetivo de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) até 2030. A educação de qualidade é discutida a partir das mudanças a serem feitas no sistema educacional, considerando os desafios e problemas existentes na sociedade brasileira.
No período pós pandemia, principalmente, o grande desafio que se coloca é sobre pensar o que vem a ser de fato uma educação de qualidade. A escola é a instituição que se interpõe entre a vida familiar e a vida social, ela, portanto, prepara a criança ou adolescente ou jovem, para que, paulatinamente, possam adentrar o mundo, daí a importância concreta material.
O primeiro sinal de qualidade de uma escola significa sua abrangência, no sentido de receber crianças provenientes de todos os extratos da sociedade. Uma escola boa é aquela que não recusa as crianças pobres, portanto, deve ser uma escola pública. Mas não basta ser pública para ter qualidade, uma boa escola é aquela que é percebida por seus alunos como uma instituição justa, instigante e acolhedora. Mais do que isso, uma escola de qualidade é aquela que valoriza seus profissionais, investe em seus profissionais e que possibilita que professores e técnicos da educação sejam os artífices do projeto.
No âmbito pedagógico da escola, uma escola boa é aquela que dialoga com os avanços científicos e tecnológicos de seu tempo. Daí a necessidade de tornar as ferramentas da internet efetivamente uma realidade na vida escolar.
É preciso hoje, mais do que nunca, incorporar, enfrentar e introduzir na sala de aula as novas plataformas digitais do conhecimento. São inúmeros os desafios que a vida atual coloca para a escola e ela precisa responder a isso. Porém, uma escola de qualidade é fundamentalmente a escola que valoriza conteúdos clássicos do saber: é preciso conhecer os diversos campos das humanidades, as ciências naturais e é imprescindível ter um domínio pleno da língua portuguesa e da linguagem matemática.
Até para haver interdisciplinaridade, é necessário que sejam conhecidas as disciplinas que se deseja conectar. Por fim, uma escola que fizer tudo isso conseguirá proporcionar um ensino sólido crítico e criativo que se mova no mundo comum, o qual, para ser transformado, precisa ser bem conhecido.
Parceria: Faculdade de Educação da USP
Boletim USP e Educação
Produção: Fernanda Real
Co-produção: Cinderela Caldeira, Fernanda Real e Tulio Shiraishi
Edição: Rádio USP
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