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Nesta edição do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Amanda Pereira de Araujo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, fala sobre as estatinas, medicamentos utilizados há mais de duas décadas na prevenção de doenças cardiovasculares em adultos.
Segundo Amanda, as estatinas são usadas para reduzir o colesterol LDL (colesterol “ruim”) e estabilizar as placas nas artérias, diminuindo o risco de ataque cardíaco e derrame. Também “funcionam inibindo a enzima HMG-CoA redutase, que é crucial para a produção de colesterol no fígado”. Além de reduzir o LDL, pode aumentar “ligeiramente os níveis de colesterol HDL (colesterol “bom”) e reduzir os níveis de triglicerídeos”.
Existem várias estatinas, como atorvastatina e rosuvastatina, cada uma com diferentes potências e perfis de eficácia para alcançar níveis mais baixos do colesterol LDL. “A escolha depende do perfil de risco e da resposta individual do paciente. Porém, de forma geral, as estatinas são tratamentos de primeira linha para reduzir os níveis de colesterol.”
Entre os possíveis efeitos colaterais, a acadêmica cita dores musculares, problemas digestivos e, em casos raros, danos hepáticos ou rabdomiólise. Elas podem ser usadas em conjunto com outros medicamentos, mas “é importante monitorar interações medicamentosas, pois algumas combinações podem aumentar o risco de efeitos colaterais”, alerta.
Outra dúvida esclarecida pela acadêmica é sobre a relação desses medicamentos com o emagrecimento. Amanda afirma que as estatinas, apesar de atuarem diretamente no colesterol e triglicérides, não têm ação direta na perda de peso, mas indiretamente pode contribuir com a diminuição da inflamação do organismo, melhorando a saúde de pacientes obesos.
Os efeitos benéficos das estatinas podem ser observados em algumas semanas, mas os benefícios completos podem levar alguns meses para serem percebidos. As estatinas são seguras com pessoas usando as medicações por muitos anos. O que é importante, informa a acadêmica, é monitorar regularmente os níveis de colesterol e a função hepática, além de manter dieta saudável e um estilo de vida ativo.
Coordenação: Rosemeire Talamone