No dia 11 de junho, foi realizada a cerimônia regional de entrega das medalhas e menções honrosas aos alunos do Estado de São Paulo premiados na 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática da Escola Pública (OBMEP) de 2010. Na ocasião, estiveram presentes a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Arminda do Nascimento Arruda, e o diretor do Instituto de Matemática e Estatística (IME), Flávio Ulhoa Coelho.
O evento foi promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e o Ministério da Educação, em parceria com a comunidade matemática representada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), no Auditório Simon Bolivar do Memorial da América Latina.
A OBMEP é um projeto que tem como objetivo estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. A primeira edição da OBMEP ocorreu em 2005 e contou com a participação de 10,5 milhões de alunos de mais de 31 mil escolas públicas de todo o País, atingindo a significativa marca de participação de 93,5% dos municípios brasileiros. Em 2010, foram mais de 19 milhões de alunos inscritos, provenientes de 44.717 escolas públicas, representando 99,16% dos municípios. Segundo a OBMEP, os números de participantes na competição fazem dela a maior Olimpíada de Matemática do mundo.
Importância
No artigo publicado no Jornal da USP – Olimpíada de números, edição de 6 a 12 de junho, o diretor do IME, Flávio Ulhoa Coelho, escreveu sobre a importância das Olimpíadas. “A OBMEP visa, principalmente, a interferir positivamente no preocupante quadro em que se encontra o ensino da matemática nas escolas públicas, buscando um contínuo aperfeiçoamento. Acreditamos que o principal papel a ser exercido por essa olimpíada é o de auxiliar na formação de adultos com conhecimentos matemáticos, mesmo básicos, suficientes para o pleno exercício da cidadania. Um país em crescimento como o Brasil necessita tanto de alunos com potencial para se destacar em matemática quanto daqueles que aprendam, sem traumas, que essa disciplina é essencial em seu cotidiano”. afirma.
O diretor do IME também ressaltou que o projeto das Olimpíadas não restringe às provas e premiações e envolve dois outros programas de igual sucesso, os quais o IME, além de sediar a Coordenação Regional da OBMEP, também está diretamente envolvido.
O primeiro desses programas é o Projeto de Apoio para Melhoria do Ensino de Matemática nas Escolas Públicas e consiste na preparação dos alunos de escolas da região para a segunda fase da OBMEP.
Iniciado em 2008, tem sido apoiado, desde o início e de maneira significativa, pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tendo recebido mais recentemente também o importante apoio da Pró-Reitoria de Graduação. Recebe também forte apoio da Sociedade Brasileira de Matemática e da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Esta preparação consiste em encontros semanais, realizados aos sábados, nas dependências do IME, onde os alunos das escolas parceiras são distribuídos em turmas de 20 a 30, de acordo com a idade. Participam também os professores desses alunos em interação com docentes e discentes (atuando como monitores) do IME. Os alunos das escolas parceiras têm o transporte custeado pelo projeto, além de receberem um lanche. Os professores dessas escolas públicas recebem uma diária para viabilizar suas participações nos encontros. “É um projeto visivelmente bem-sucedido”, destaca Coelho. Para saber mais sobre o Projeto de Apoio para Melhoria do Ensino de Matemática nas Escolas Públicas realizado no IME, acesse o artigo com relato das atividades publicado na Revista Cultura e Extensão da PRCEU.
O segundo programa consiste na concessão de bolsas de iniciação científica e até de mestrado aos medalhistas premiados nas Olimpíadas, quando estiverem cursando a graduação ou a pós-graduação, por meio do programa chamado PICME, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Segundo Coelho, também nesse programa, o IME tem tido uma participação expressiva como um dos polos receptores de alunos. Coordenado nacionalmente pelo Impa no Rio de Janeiro, esse programa atende atualmente 550 alunos de iniciação científica e 20 de mestrado no País todo. No IME, participam do programa 52 alunos de variados cursos e universidades que são orientados, individualmente ou em grupos, pelos docentes do Instituto.
Mais informações sobre as Olimpíadas no site da OBMEP.
(Fotos: Ernani Coimbra e IME)