No dia 15 de janeiro, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) renovou a licença ambiental de operação para as atividades na USP Leste. O documento tem validade até o ano de 2025.
A licença foi renovada após a adoção, por parte da Reitoria, das providências técnicas necessárias para promover e manter o sistema permanente de controle de riscos ambientais na área.
“Trata-se de uma vitória que comprova que a USP e sua administração sempre trataram a questão ambiental com máxima seriedade. Isto encerra uma pendência de mais de cinco anos, pois, mesmo após a retirada da proibição de acesso à área, em 2014, houve movimentos sindicais para restabelecer essa interdição”, afirma o reitor Marco Antonio Zago.
A resolução da situação do passivo ambiental da USP Leste foi um dos grandes desafios da gestão de Zago. Ao assumir a Reitoria, em janeiro de 2014, a área estava interditada por uma ordem judicial, impedindo o acesso de uma comunidade acadêmica formada por cerca de 4.500 estudantes, 300 professores e 200 servidores não docentes.
À época, foi necessário transferir as atividades da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) para imóveis alugados, unidades da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP) e da própria USP. “Laboratórios para aulas práticas e bibliotecas tiveram que ser improvisados, oferta de refeições organizada precariamente, estratégias didáticas e organização curricular foram revistas e adaptadas, mas a persistência e dedicação de um grupo de gestores, professores e servidores não docentes e a solidariedade de amplos segmentos e Unidades da USP permitiram vencer esse período, limitando os prejuízos que nossos estudantes sofreram”, destaca o reitor.
A interdição, que durou 195 dias, foi suspensa em 22 de julho de 2014, depois que a Universidade cumpriu todas as orientações da Cetesb e não se confirmou nenhum risco à saúde humana.
O superintendente do Espaço Físico (SEF) da Universidade, Osvaldo Shigueru Nakao, explica que, para atender às determinações da agência ambiental, foram contratados estudos que recomendaram a instalação e a operação de sistemas de ventilação nas edificações e restrição do consumo de água subterrânea. “Todos os prédios foram dotados de sistemas de ventilação, que operam 24 horas por dia, e poços de monitoramento semanal de gases. Os relatórios de monitoramento de gás protocolados na Cetesb têm atestado a eficiência desses sistemas”, garante.