A pianista e flautista paulistana Léa Freire - Fotomontagem com imagens de Freepik e Caroline Bittencourt/Divulgação

Orquestra de Câmara da USP recebe Léa Freire

Em concertos neste fim de semana, instrumentista apresenta seu repertório autoral, que vai do erudito ao popular

 11/10/2022 - Publicado há 2 anos     Atualizado: 13/10/2022 as 17:57

Texto: Mariana Carneiro

Arte: Rebeca Fonseca

Vem de longa data a parceria entre a pianista, flautista e compositora Léa Freire e a Orquestra de Câmara (Ocam) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Em 2007, por exemplo, elas gravaram juntas o CD Cartas Brasileiras. Agora, essa parceria será reforçada com dois concertos, que acontecem nesta sexta-feira, dia 14, às 20 horas, na Cidade Universitária, em São Paulo, e no domingo, dia 16, às 11 horas, na Sala São Paulo, no centro da cidade.

Sob regência do maestro Gil Jardim, regente titular da Ocam, e do regente adjunto André Bachur, os dois espetáculos vão ter também a participação do pianista Felipe Senna, diretor da orquestra Câmaranóva, e da cantora Tatiana Parra, conhecida por suas colaborações com artistas como Rita Lee, Toquinho, Sandy & Júnior e Ivan Lins. 

 

“Nós já trabalhamos em vários projetos juntos”, afirma Léa Freire sobre a Ocam, lembrando que Cartas Brasileiras – seu quinto álbum de estúdio – contou com arranjos e regência de Gil Jardim. A obra, que mescla influências da música erudita e popular brasileira, marcou a celebração dos 50 anos da artista. “O show de lançamento aconteceu no Auditório Ibirapuera, e foi muito bonito.”

O programa das apresentações deste fim de semana percorre a vasta discografia de Léa, destacando diferentes momentos de sua carreira. Os concertos vão começar com A Coisa Ficou Russa, música do álbum Cinepoesia, lançado em 2020 com um projeto visual em que cada faixa acompanha um videoclipe. Na sequência, a Ocam e Léa exibem as peças Ares de BoleroBis a Bis, Caminho das PedrasChoro na ChuvaIsabellaLanaMamulengoMaré e Nove Luas. O programa termina com Vento em Madeira, faixa do álbum homônimo de 2010, no qual colaboraram os músicos Teco Cardoso, Tiago Costa, Fernando Demarco, Edu Ribeiro e Mônica Salmaso.

“São peças com diferenças rítmicas e composicionais, algumas mais simples, outras mais complicadas, algumas com ritmos brasileiros eruditos, outras mais contemporâneas”, conta Léa. “Não passei vontade, e escolhi músicas que eu realmente gosto para o repertório desses concertos.”

Capa do álbum Ninhal, de Léa Freire - Foto: Divulgação/Maritaca Produções Artísticas

Capa do álbum Cartas Brasileiras, de Léa Freire, com arranjos de Gil Jardim - Foto: Divulgação/Maritaca Produções Artísticas

Nascida em 1957 na capital paulista, Léa Freire tem uma extensa carreira dedicada à produção e performance de música instrumental. A artista iniciou seus estudos de piano ainda na infância, com 7 anos de idade, e aos 16 ingressou no Centro Livre de Aprendizagem Musical (Clam), em São Paulo, onde se dedicou também ao aprendizado do violão e da flauta. 

Após 11 anos afastada da música, período em que trabalhou como administradora financeira, Léa fundou seu próprio selo musical — chamado Maritaca — em 1997. Dedicada exclusivamente à música instrumental brasileira, a gravadora possui em seu acervo obras de Alessandro Penezzi, Benedito Lacerda, Filó Machado, Silvia Goes e Théo de Barros, entre outros artistas, além de abranger projetos autorais de Léa. Seu disco de estreia, Ninhal, de 1997, foi um dos primeiros lançamentos da Maritaca. 

Os concertos da Orquestra de Câmara (Ocam) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP com Léa Freire acontecem nesta sexta-feira, dia 14, às 20 horas, no Anfiteatro Camargo Guarnieri da USP (Rua do Anfiteatro, 109, Cidade Universitária, em São Paulo), e no domingo, dia 16, às 11 horas, na Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, em São Paulo).

No dia 14, a entrada é gratuita mediante a doação de um quilo de alimento não perecível. Para o concerto do dia 16, os ingressos podem ser obtidos gratuitamente no site da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) ou nos totens localizados no piso térreo da Sala São Paulo.


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