A Organização Mundial da Saúde(OMS) considera a imunização uma das maiores e mais importantes invenções da medicina, capaz de salvar 3 milhões de vidas todos os anos. Infelizmente, esse número poderia ser maior e salvar muito mais vidas. Os motivos para a não vacinação são diversos, desde religiosos até a falta de acesso às vacinas, passando pelo simples esquecimento. O Brasil não atingiu nenhuma das metas de cobertura das vacinas infantis disponíveis pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) em 2020.
Heloisa Helena de Souza Marques, responsável pelo serviço de Infectologia Pediátrica do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFM) da Universidade de São Paulo, diz que a pandemia de covid-19, nos últimos dois anos, piorou o número de imunizados, mas essa queda na vacinação começou muito antes, em 2015. “Doenças como sarampo e rubéola, que são importantes na faixa pediátrica, foram consideradas quase erradicadas após décadas de campanhas de vacinação. Porém, o sarampo tem visto um aumento de casos que geram surtos importados ou com circulação autóctone”, avalia.
A especialista diz que é mito dizer que muitas doenças foram erradicadas no mundo com as vacinas, justamente porque muitos países não têm cobertura vacinal adequada, fazendo com que o vírus selvagem continue em circulação. A única doença 100% erradicada foi a varíola.
A vacina tríplice viral faz parte do calendário de vacinação no Brasil e deve ser aplicada em todas as crianças a partir dos 12 meses de idade, com duas doses, e tem validade para toda a vida. Ela protege contra três doenças virais: sarampo, rubéola e caxumba – todas elas altamente contagiosas.
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