
Estudo realizado pela USP possibilita aumento do porte dos navios nos portos do Amapá. O projeto analisou a possibilidade da ampliação e a navegação nos portos como forma de melhor aproveitar a infraestrutura portuária. Os testes realizados a partir da pesquisa em torno da viabilidade do projeto receberam o prêmio ANTAQ 2021 pela inovação no transporte da Aquaviário.

“Na verdade, a expansão do suporte das embarcações é um problema mundial, não só do Amapá como de todos os portos do Brasil”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Eduardo Tannuri, da Escola Politécnica (Poli) da USP e responsável pelo projeto Tanque de Provas Numérico (TPN) da USP. Segundo o professor, a necessidade de adaptação dos portos vem relacionada ao aumento do tamanho dos navios, que vem crescendo para reduzir os custos com frete por tonelada transportada.
A adaptação dos portos para receber veículos marinhos maiores é complexo e necessária para a logística das importações e exportações e, por conta da dificuldade do processo, acaba causando pressão sobre o setor logístico. O projeto foi realizado no Amapá, principalmente por conta que os portos do Estado são ponto de acesso à foz do Rio Amazonas. A expansão dos portos aproveitaria o potencial logístico da região, utilizada principalmente no transporte de grãos.
“A redução do custo do frete é algo relevante para a economia de exportação do Brasil”, afirma Tannuri, ao explicar que a melhora na infraestrutura portuária causa um efeito positivo na economia ao tornar o custo de transporte menor. Isso significa que o repasse no valor de logística no produto final é reduzido, tornando-o mais competitivo no mercado.

O professor ressalta que outro ponto – a segurança – foi um dos fatores mais importante do projeto. Os testes realizados através de simuladores levaram em conta as questões técnicas e de prevenção de falhas necessárias para garantir a viabilidade do recebimento de navios de grande porte na região portuária do Amapá. As simulações foram disponibilizadas para diversas partes da sociedade civil como forma de mostrar as vantagens e seguridade que o projeto traria à região.
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