Na abertura da mostra Panorama da Arte Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a performance do coreógrafo Wagner Schwartz foi alvo de polêmicas. Enquanto estava nu, uma criança, acompanhada de sua mãe, tocou na perna do artista. Para Guilherme Wisnik, ter que voltar a esses temas é sinal de regressão da sociedade brasileira.
De acordo com o colunista, as reações em torno do caso possuem aspecto conservador, buscando intimidar as práticas artísticas. Apesar disso, o professor avalia que as lutas de ativistas contra a homofobia e o racismo, por exemplo, trouxeram resultados positivos em relação aos direitos de minorias, além de darem voz às denúncias contra práticas consideradas autoritárias.
Em contrapartida, na polêmica do MAM, as próprias forças conservadoras se utilizam dessas denúncias para o combate a certas manifestações artísticas. “A arte tem sido muitas vezes o cavalo de batalha do autoritarismo político”, afirma Wisnik, comprovando a oposição entre esses grupos.
Para saber a opinião do colunista na íntegra, ouça o áudio acima.