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Nesta sua coluna, a professora Giselle Beiguelman fala sobre as novas plataformas para criação de imagem com inteligência artificial e explica por que há tanta polêmica em torno do seu uso. Diz ela que tais plataformas são ambientes para o desenvolvimento de imagens com inteligência artificial, que “traduzem” textos em imagens. O que esses sistemas fazem é treinar os algoritmos para reconhecerem imagens a partir do aprendizado da relação entre as imagens e o texto que foi usado para descrevê-las.

“As polêmicas em torno dessas plataformas retomam debates, já um tanto quanto superados, no campo da História da Arte, sobre quem é o autor da obra: o programa ou o artista, sobre os direitos autorais, já que os programas permitem (e na verdade estimulam) que se especifique o mais detalhadamente possível o estilo que se deseja para as imagens finais, podendo-se inclusive especificar com que ‘assinatura estética’ se deseja o resultado final”. Ela prossegue: “Mas o que eu gostaria de pontuar é que as direções para as quais apontam esses sistemas são muito mais interessantes, eles evidenciam que estamos realmente diante da possibilidade de uma outra virada no campo das imagens, em que a própria noção do que é texto e do que é imagem perderá sentido”.

Na sequência da coluna, Giselle narra sua experiência com as tecnologia de inteligência artificial para a criação de imagens. De acordo com ela, os resultados são muito surpreendentes. “Mas isso demanda todo um aprendizado da nossa relação com as máquinas, demanda um outro tipo de cumplicidade entre o artista e a máquina, permitindo, por um lado, que a máquina nos surpreenda, e não apenas nos obedeça, e, por outro lado, também nos desafia a aprender a ler os seus códigos para redirecionar as expectativas dos próprios sistemas.”

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