
O preço do combustível tem causado preocupação. A inflação também está em alta e a expectativa é de retração do PIB para o ano que vem. Esses fatores contribuem para a elevação do preço da energia elétrica.
Segundo o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, o aumento do preço dos combustíveis é influenciado pela cotação internacional e pela variação do dólar, consequência direta do contexto político brasileiro.
Outra consequência é a elevação do custo de produção da energia elétrica. Atualmente o Brasil tem em operação termelétricas movidas a combustíveis que seguem a cotação internacional e do dólar.
Côrtes afirma que o papel da Petrobras precisa ser rediscutido, pois a empresa representa a população ao mesmo tempo em que protege os interesses dos acionistas. “Normalmente o interesse do mercado tem se sobreposto e isso faz com que a Petrobras siga essas cotações internacionais”, explica ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.
O etanol poderia ser uma alternativa viável e menos prejudicial ao meio ambiente, mas o setor carece de planejamento governamental. “O foco do governo voltou-se para o pré-sal, para a exploração do petróleo, e esse planejamento para as usinas de etanol foi abandonado.”
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