Não se pode confundir rede social com mídia, há uma grande diferença entre elas. O Facebook, assim como o Youtube, é uma empresa de entretenimento, e como tal deve ser encarado. Quanto mais tempo o usuário fizer uso do serviço que oferece, maior será seu lucro, ainda que seu domínio seja o reino da mentira e do discurso preconceituoso. Segundo o colunista Luli Radfahrer, há uma fronteira muito tênue, hoje, entre o que é entretenimento, o que é serviço e o que é notícia.
A notícia é responsabilidade da mídia, que possui autoridade para tratar de determinados assuntos de interesse social. Na mídia é onde está a verdade, enquanto no Facebook predominam os boatos e as polêmicas, que só estão ali para gerar uma reação por parte do usuário. Nesse jogo, vale tudo para “segurar” o usuário.
Radfahrer entende ser necessário enquadrar empresas como o Facebook ou o Youtube numa categoria única – quer seja de mídia, quer seja de entretenimento ou simplesmente uma rede social. Quando uma rede social é enquadrada numa lei de mídia, corta-se tudo que é falso ou mentiroso. Isso traz a vantagem adicional de tornar a imprensa muito melhor.