Faculdade de Ciências Farmacêuticas abre cápsula do tempo em comemoração aos 100 anos de fundação

A cápsula foi fechada em 2007 e colocada em um totem no corredor dos anfiteatros; nesse período o Brasil e o mundo passaram por significativas transformações

 Publicado: 27/06/2024     Atualizado: 28/06/2024 as 16:52
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Campus da USP em Ribeirão Preto onde está instalada a Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Foto: Gabriel Soares/SCS-RP
A Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, criada em 1924, formou mais de 4,5 mil farmacêuticos, 950 mestres e 670 doutores. No dia 18 de junho, em comemoração ao centenário da unidade, foi aberta a Cápsula do Tempo, fechada em fevereiro de 2007 e colocada em um totem de alvenaria no corredor dos anfiteatros das aulas de graduação. A ideia partiu do então diretor, professor Augusto César Cropanese Spadaro, com o objetivo de ser aberta em junho deste ano, celebrando os 100 anos da instituição.

Durante a cerimônia de abertura, estiveram presentes o atual diretor da FCFRP, professor Sérgio Akira Uyemura, a vice-diretora Mônica Tallarico Pupo, o professor Augusto César Cropanese Spadaro, e seu vice da época, Jairo Kenupp Bastos.

Dentro da cápsula foram encontradas plantas dos blocos R e S, planejados para a construção de laboratórios de ensino e pesquisa, fotos do campus sem essas edificações, uma planta do corredor dos anfiteatros antes da reforma, uma ata com assinaturas de funcionários, docentes e estudantes presentes na época, e uma carta determinando que a cápsula fosse aberta em 2024. O funcionário Cléber José Lupachini, da Assistência Técnica Acadêmica, foi responsável por organizar os itens dentro da cápsula.

Transformações

Ao longo desses 17 anos, tanto o Brasil quanto o mundo passaram por transformações significativas. Em 2007, o País vivia um período de crescimento econômico, impulsionado pelo boom das commodities e uma expansão significativa na área da educação superior. Nesse período o Brasil enfrentou questões ambientais, que ganharam mais urgência, com debates sobre sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas se intensificando. No campo da saúde, a pandemia da covid-19, que eclodiu em 2019, trouxe profundas mudanças nos sistemas de saúde e na forma como a sociedade lida com crises sanitárias.

No cenário global, destaque para a rápida evolução tecnológica com a popularização dos smartphones e o início das redes sociais como conhecemos hoje, transformando a maneira como as pessoas se comunicam e acessam informações. No âmbito tecnológico a inteligência artificial e a biotecnologia moldaram novos paradigmas na ciência e na medicina. A educação superior também se transformou, incorporando novas tecnologias e métodos de ensino híbrido, refletindo um mundo cada vez mais digital e interconectado.

Nesse cenário a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto se destacou tanto na formação de recursos humanos e projetos de extensão, como em pesquisas de qualidade e impacto, tanto em nível nacional quanto internacional. Alguns dos projetos de destaque incluem pesquisas sobre a covid-19, câncer, doenças negligenciadas, nanotecnologia, formulações de medicamentos e cosméticos, e a prospecção de produtos naturais para aplicações farmacêuticas e cosméticas.

A internacionalização da pesquisa também foi fortalecida com financiamentos de agências internacionais como o National Institute of Health (NIH) e o International Development Research Centre (IDRC)​​. Nesse período a Unidade também passou por mudanças na sua liderança. Após a gestão dos professore Spadaro e Jairo Kenupp, estiveram na direção os professores Sérgio Albuquerque e Maria Vitória Lopes Brada Bentley (2010 a 2014); Maria Vitória Lopes Brada Bentley e Ana Lúcia da Costa Darini (2014 a 2018); e Osvaldo de Freitas e Maria Regina Torqueti (2018 a 2022); Sérgio Akira Uyemura e Mônica Tallarico Pupo (2022-2026).

*Estagiária sob supervisão de Rose Talamone


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