Equipe da USP participará da maior competição internacional de drones

Seis estudantes de graduação de diversos cursos da Escola de Engenharia de São Carlos da USP vão concorrer na International “Micro Air Vehicles Conference and Competition (Imav)”

 Publicado: 20/06/2024     Atualizado: 24/06/2024 as 16:03
Um dos drones da equipe da EESC da USP em São Carlos – Foto: Reprodução/Semear

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A maior competição e conferência internacional na área de drones e veículos aéreos não tripulados, a International Micro Air Vehicles Conference and Competition (Imav), contará com a participação de seis estudantes de graduação de diversos cursos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo e integrantes do Grupo Semear – Soluções em Engenharia Mecatrônica e Aplicação em Robótica. A competição internacional ocorrerá entre os dias 16 e 20 de setembro, na Universidade de Bristol, no Reino Unido, e, neste ano, traz como tema a preservação ambiental, desafiando os participantes a aplicarem as tecnologias de Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados) para monitoramento e proteção da biodiversidade.

Vitor Garcia Ribeiro – Foto: Reprodução/Linkedin

Essa é a primeira vez que o grupo Semear participará da competição, o que foi viabilizado após ser contemplado por um edital da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da USP. “Recebemos a notícia dessa oportunidade com muita emoção e satisfação, pois representou o reconhecimento do nosso trabalho e empenho de muitos anos, agora podendo alcançar um novo horizonte, por meio da apresentação de projetos robustos para essa tão importante competição”, destaca Vitor Garcia Ribeiro, estudante do 3º ano de Engenharia Mecatrônica da EESC e diretor do Núcleo de Robótica Aérea do Grupo Semear.

Para a Imav, serão levados dois drones totalmente desenvolvidos pelo grupo durante os últimos anos: Harpia e Carcará. O primeiro consiste em um drone indoor, projetado para navegar de forma autônoma em ambientes fechados e sem o auxílio de GPS, utilizando sensores e inteligência artificial. Para o desafio proposto pela competição, o drone deverá percorrer um circuito e, corretamente, identificar várias pistas visuais de diferentes animais. “Na área de sensoriamento, se destaca a odometria visual, que consiste no uso de câmeras em conjunto com algoritmos de visão computacional para mapear o ambiente ao redor do veículo, para o mesmo ser capaz de se orientar durante suas atividades autônomas”, explica Ribeiro. O Harpia é um projeto desenvolvido com manufatura aditiva, após passar por extensa pesquisa em modelagem computacional e posterior desenvolvimento em CAD. “Seguindo essa linha, foram realizados exaustivos testes mecânicos para validar a sua estrutura e comprovar sua resistência e atendimento aos parâmetros de segurança.”

Os drones Harpia e Carcará desenvolvidos na EESC – Foto: Reprodução/Semear

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Já o Carcará foi projetado com o objetivo principal de realizar voos outdoors de mapeamento. “Ele também foi concebido integralmente por alunos de graduação com o uso de alumínio e fibra de carbono em sua estrutura. “Com câmeras potentes e dois GPS para a navegação, além de outras tecnologias embarcadas, ele é capaz de mapear áreas de preservação e identificar animais com o uso de inteligência artificial”, descreve o estudante da EESC.

Marcelo Becker, professor da EESC e líder do Grupo de Robótica Móvel – Foto: Divulgação/EESC

Sob a liderança de Marcelo Becker, professor no Departamento de Engenharia Mecânica da EESC, líder do Grupo de Robótica Móvel do SEM-EESC-USP e coordenador e membro do Conselho Diretor do Centro de Robótica de São Carlos (CRob-SC), o grupo que vai ao Reino Unido também deve apresentar trabalhos e pesquisas desenvolvidas por docentes e laboratórios do campus na conferência que acontece paralelamente à competição.

Para os estudantes, a expectativa é de muita troca de experiências e imersão ao conhecimento. “Espero que essa oportunidade enriqueça muito nossa formação, já que um evento dessa magnitude permitirá o contato com equipes e pesquisadores do mundo todo, proporcionando a troca de experiências e a atualização no estado da arte da robótica aérea. Acredito que nossa participação será crucial para atrair atenção internacional aos projetos de robótica desenvolvidos na EESC, assim como representa uma oportunidade única de aprendizado com a tecnologia e pesquisa estrangeira”, conclui Ribeiro.

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*Texto da Assessoria de Comunicação da EESC


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