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Gatos, gatinhos e gatões é a nova mostra do Cinema da USP
Mostra segue em cartaz até 16 de junho nas salas do Cinusp na Cidade Universitária e no Centro MariAntonia
Texto: Redação
Arte: Beatriz Haddad*
Gatos, Gatinhas e Gatões é o nome da mostra de filmes que o Cinema da USP Paulo Emilio (Cinusp) apresenta até dia 16 deste mês. São 14 produções de diferentes épocas e países, que têm o gato como destaque. “A mostra propõe incluir todas as facetas da figura do felino, desde companheiros até assassinos, colocando-os como a origem do conflito de outros e como protagonistas de suas próprias histórias, tendo que enfrentar suas dificuldades específicas e animais”, destaca o texto de apresentação da mostra. As sessões são realizadas nas salas do Cinusp localizadas na Cidade Universitária e no Centro MariAntonia, na região central de São Paulo. A programação completa do evento e mais informações estão disponíveis no site do Cinusp.
Um dos filmes exibidos na mostra é O Gato Negro, do diretor italiano Lucio Fulci, que “explora a superstição sobre o gato preto como presságio do azar, desencadeando diversas mortes ao longo do filme, num roteiro com inspirações claras na obra homônima de Edgar Allan Poe”.
O longa de Hong Kong O Gato, baseado num romance do escritor Ni Kuang, possui aspectos surrealistas, mesclando aspectos de comédia com terror e subvertendo a ideia do gato preto como sinônimo de azar. “Aqui é ele quem ajuda na luta contra o mal.”
No filme Sangue de Pantera, de Jacques Tourneur, o enredo se desenrola através da exploração de uma lenda da terra natal da protagonista, que acredita ser descendente de uma tribo cujos integrantes transformam-se em panteras negras. “O filme, através da linguagem de gênero de suspense psicológico, aproxima a natureza selvagem do ser humano e do felino, apresentando uma nova alegoria para o gato preto: este não é mais um signo de azar, mas sim de incompreensão.” Na mesma sessão, será exibido o curta-metragem A Gatinha, da pintora e cineasta iraniana Shiva Sadegh Assadi, que trabalha com uma pintura soturna sobre vidro e aborda a necessidade de transformação para se encaixar em algum lugar.
Um clássico americano, a comédia protagonizada por Katharine Hepburn e Cary Grant Levada da Breca também subverte uma outra ideia comum: a do instinto selvagem dos felinos, de modo a tentar convencer o espectador de que o filhote de leopardo chamado de Baby é tão inofensivo quanto um filhote de gatinho. “No filme, a personagem de Hepburn usa o ‘gatão’ como uma forma de atrair o homem pelo qual é apaixonada, e é claro que isso ocasiona uma sucessão de problemas sem fim.”
O Gato de Madame é um filme brasileiro estrelado por Mazzaropi. “A obra acompanha um simples engraxate que passa a ser seguido por um gato que fugiu do lar de sua dona rica e, ao ser oferecida uma recompensa pelo animal, o protagonista passa a ser perseguido por uma gangue de mafiosos.”
No longa japonês Cats on Park Avenue, de Shinichi Nakada, os gatos de rua não são um símbolo de azar ou de ódio, mas uma espécie de musa inspiradora que estimula as personagens na criação de um musical.
Na animação Gato de Botas 2: O Último Pedido o icônico gatinho se desilude ao encarar sua própria mortalidade, pois está no final das suas sete vidas.
Outra animação que aborda a aventura de um felino é a Viagem Noturna no Trem da Via Láctea. “Através de visuais deslumbrantes, o filme segue a história de Giovanni, um gatinho de vida difícil que, junto de seu amigo, embarca em uma viagem pela Via Láctea, uma jornada que apenas no final revela seu propósito.”
Restaurado recentemente, o clássico tcheco Um Dia, Um Gato, acompanha um gato com poderes de revelar os verdadeiros desejos das pessoas para quem olha – sendo amado pelas crianças e temido pelos adultos – e os conflitos que gera por onde passa.
Já Aristogatas, a última produção aprovada por um dos cofundadores da Disney, mostra a trajetória de Duquesa e seus três filhotes, que foram sequestrados de sua casa pelo mordomo.
“Os filmes trazem múltiplas perspectivas da figura do gato, tornando-o um animal pluridimensional e que reúne contradições diversas em si próprio, pois podem ser os heróis e vilões do cinema, ferramentas de tramas assustadoras ou cômicas, ou até mesmo alegorias que aproximam o ser humano de um felino – afinal, somos mais parecidos com eles do que imaginamos”, destaca o texto de apresentação da mostra.
A mostra de filmes Gatos, Gatinhos e Gatões, do Cinema da USP Paulo Emilio (Cinusp), está em cartaz até 16 de junho. Os filmes são exibidos todos os dias da semana, às 16h e 19h, na sala do Cinusp no Centro Cultural Camargo Guarnieri (Rua do Anfiteatro, 181, Cidade Universitária, em São Paulo). Aos sábados e domingos, a sessões ocorrem às 16h e 19h, na sala do Cinusp no Centro MariAntonia da USP (Rua Maria Antônia, 194, Vila Buarque, região central de São Paulo). Entrada grátis. A programação completa da mostra e mais informações estão disponíveis no site do Cinusp.
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