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Um projeto de extensão da Escola de Enfermagem (EE) da USP está ajudando hospitais públicos das cidades de São Paulo e Manaus a reduzirem os riscos de contaminação pelo coronavírus dentro de suas dependências. Batizado como Prevcovid-BR, o projeto iniciou os trabalhos em dez hospitais em agosto e conta com financiamento da fundação ligada aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
A adoção de estratégias para minimizar o risco de transmissão da covid-19 nos serviços de saúde é importante porque a ocorrência de infecções afeta de forma desproporcional os trabalhadores de saúde, que estão na linha de frente no combate à pandemia, e os pacientes internados. Nesse sentido, é prioritária a adoção de medidas como a rápida identificação de casos suspeitos de covid-19, a implementação de medidas de precaução e isolamento e o encaminhamento dos pacientes para os níveis apropriados de cuidado.
Para enfrentar esta realidade, a equipe de 25 bolsistas do Prevcovid-BR está trabalhando junto com as comissões de controle de infecções hospitalares das unidades de saúde selecionadas para participar do projeto. Segundo Maria Clara Padoveze, professora da EE e uma das líderes do projeto, os bolsistas já fizeram avaliações para identificar as capacidades dos hospitais para evitar a disseminação intra-hospital da covid-19 e agora estão delineando planos de melhorias para reforçar ou aprimorar essas capacidades.
“Algumas melhorias já começaram a ser implementadas, como, por exemplo, melhorias no fluxo de triagem”, diz Maria Clara.
“Além disto, realizamos sete webinars internacionais para troca de experiências entre os participantes do projeto e disseminação das evidências mais atualizadas em prevenção da covid-19 em serviços de saúde”, complementa a professora.
Para propor as melhorias, os bolsistas se apoiam em documentos produzidos por especialistas internacionais e recomendações da Anvisa, bem como das secretarias de Saúde de São Paulo e Manaus. Maria Clara explica que a equipe do Prevcovid-BR está trabalhando em cooperação técnica com o International Infection Control Program do CDC. A coordenação do projeto conta com membros da EE, dos órgãos de vigilância em saúde das prefeituras de São Paulo e Manaus e do governo do Estado de São Paulo, além de integrantes da Anvisa, que dão apoio técnico.