Seria a cultura do cancelamento a nova caça às bruxas?

Para Marília Fiorillo, a cultura do cancelamento é a perseguição de quem não se encaixa na cartilha do politicamente correto

 10/07/2020 - Publicado há 4 anos

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Na coluna Conflito e Diálogo desta semana, a professora Marília Fiorillo aborda a carta de 150 intelectuais progressistas norte-americanos contra o extremismo do politicamente correto e a cultura do cancelamento.  “Perseguições, demissões, reputações enxovalhadas. Devemos tolerar a nova intolerância em nome de um ajuste de contas histórico?”, questiona.

Na última terça-feira, 7, 150 figuras do mundo intelectual e artístico assinaram uma carta na revista Harper’s contra a ameaça extremista do politicamente correto. Estão entre as personalidades Margaret Atwood, J.K. Rowlling, Fareed Zakaria, Salman Rushdie, Noam Chomsky, Ian Buruma, Gloria Steinem e muitos outros, manifestando preocupação com a chamada cancel culture, ou cultura do cancelamento, bastante observada nas redes sociais, que Marília chama de “perseguição de quem não se encaixa na cartilha do politicamente correto”.

Segundo a professora, o estopim que levou à carta foi a demissão do editor de opinião do The New York Times, James Bennet, por ter permitido a publicação de um artigo do senador Tom Cotton a favor da repressão aos protestos antirracistas que têm ocorrido nos Estados Unidos há cerca de um mês. Na sequência, outras publicações começaram a adotar a autocensura em termos como racismo e sexismo e demitiram os funcionários acusados de moderação para não gerar fúria nas redes sociais. Para Marília, “intimidar quem discorda é apenas mais uma caça às bruxas”.

Para saber mais, ouça a coluna na íntegra pelo player acima.


Conflito e Diálogo
A coluna Conflito e Diálogo, com a professora Marília Fiorillo, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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