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Na coluna Reflexão Econômica desta semana, o professor Luciano Nakabashi fala das eleições nos Estados Unidos e como o resultado pode interferir na economia mundial. O professor lembra que os Estados Unidos são o principal país em termos políticos e econômicos no mundo e esse resultado pode interferir em vários aspectos além do econômico, também no político e no ambiental.

No caso do atual presidente, Donald Trump, se reeleger, Nakabashi acredita que será a manutenção de uma política de certa instabilidade entre Estados Unidos, Europa, China e alguns outros países. “Num momento de grande incerteza, em função da pandemia, ele a intensifica ainda mais, o que acaba sendo negativo, pois uma coordenação entre os países é fundamental e, para isso, é preciso liderança, o que o Trump não tem.”

O professor cita, entre outras ações que trouxeram instabilidade, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, uma questão importante para a área ambiental. Nakabashi diz que Trump colocou as relações externas em segundo plano e não deu importância para a América Latina, nem para o Brasil, apesar da relação amistosa com o presidente Jair Bolsonaro.

Já sobre a possibilidade de Joe Biden ser eleito, o professor fala do histórico do candidato de apreço maior pela economia, política  e relações com outros países. “Ele naturalmente já assumiria uma liderança, dando mais estabilidade em termos econômicos e políticos no mundo, o que seria mais interessante para dar estabilidade, ainda mais neste momento, em que a segunda onda da pandemia já está presente em vários países.” Para Nakabashi, essa incerteza está muito elevada, com impacto no humor dos investidores, o que prejudica a retomada da economia mundial.

Já sobre o impacto das eleições norte-americanas para a América Latina e, mais especificamente, para o Brasil, Nakabashi diz que Joe Biden já se expressou em alguns momentos sobre essa possível aproximação, mas, por outro lado, depende de como o  governo brasileiro vai aproveitá-la, caso ele seja eleito. “Sobre a questão ambiental, Biden já falou em trazer recursos para o enfrentamento do desmatamento na Amazônia e no Pantanal, mas também em colocar sanções caso o Brasil continue nessa trajetória de pouco caso e até de incentivo ao desmatamento, sobretudo na Amazônia, privilegiando a produção.”

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