Para o professor José Eli da Veiga, num curto prazo, será difícil apontar algum efeito colateral benéfico desta crise. Mas, em alguns anos, quando essa pandemia estiver superada, provavelmente com o aparecimento de alguma vacina, certos efeitos positivos poderão ser notados. “É preciso pensar a longo prazo, como, por exemplo, o que poderá acontecer lá em 2030, quando talvez poderão se observar os efeitos de um eventual recuo das petrolíferas e um avanço das energias renováveis, apesar de isso ainda não estar acontecendo”, observa o professor. De imediato, o que pode ser notado é que muita gente tem sido obrigada a entrar no mundo digital. “A única sobrevivência dos negócios está apontando para o mundo digital.”
De maneira geral, os principais efeitos desta tragédia são vistos na saúde e nos indicadores econômicos e sociais. “E não há dúvida nenhuma de que este ano teremos um retrocesso em termos de desenvolvimento humano. E os piores casos acontecem em países desenvolvidos e na China. Mas fica claro, desde já, que os impactos serão desiguais”, afirma Eli da Veiga, lembrando que ainda não é possível saber o que vai ocorrer na região mais difícil do mundo, que é parte da África. “Não sabemos o estrago que esse vírus poderá fazer por lá”, observa o colunista.
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Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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