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Medicina nuclear traz novas perspectivas para análise e tratamento de doenças neurodegenerativas
Carlos Alberto Buchpiguel explica que exames da área também podem ser usados para diagnosticar epilepsias e AVCs
Nas últimas décadas, a medicina nuclear tem registrado avanços significativos no diagnóstico e tratamento de diversas doenças, incluindo aquelas relacionadas ao sistema nervoso. O uso de imagens moleculares e funcionais, que permitem visualizar processos bioquímicos no cérebro, abre portas para diagnósticos mais precisos e tratamentos personalizados. Assim, o professor Carlos Alberto Buchpiguel, diretor da Divisão de Medicina Nuclear e Imagem Molecular do complexo do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo, comenta sobre esses avanços e o impacto na saúde neurológica.
“A medicina nuclear tem evoluído para detectar, de forma totalmente não invasiva, ou seja, através de uma imagem molecular e funcional, o depósito de proteínas anômalas no cérebro e, com isso, detectar precocemente quem está desenvolvendo, que tipo e como são essas doenças neurodegenerativas”, explica. O especialista complementa que, com o avanço da medicina nuclear, há uma maior precisão e personalização da avaliação, não só através do diagnóstico histopatológico, mas com imagens capazes de definir as bases moleculares e o desenvolvimento de diferentes doenças, como Alzheimer e outras demências.
Tipos de exames
Os avanços, no entanto, ainda são limitados a centros de excelência e instituições com acesso a essa tecnologia de ponta. No Brasil, o HCFM da USP tem implementado essas tecnologias, como afirma Buchpiguel, com uma unidade de produção de radiofármacos desenvolvida especialmente para pesquisas e atendimento ao público do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós temos toda a tecnologia embarcada, desenvolvida na Universidade de São Paulo, que hoje nos permite atender a uma população economicamente mais vulnerável. Isso não está disposto de uma forma universal, em qualquer outra instituição pública do País. Essa tecnologia também já está disponível na rede privada, em diferentes cidades do nosso país”, finaliza.
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