Devemos ter cuidado ao liberar o acesso da criança à internet

A partir de um personagem violento que escapuliu do universo dos games para se tornar um boneco, Luli Radfahrer adverte sobre os riscos de expor livremente as crianças ao mundo da tecnologia

 02/09/2022 - Publicado há 2 anos

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Anda fazendo muito sucesso entre a criançada um personagem de videogame que até já virou um boneco: o Huggy Wuggy, que, de acordo com o professor Luli Radfahrer, é violento e inadequado, uma figura com a qual nem os professores sabem lidar, pois, imaginativas por natureza, muitas crianças acabam tendo pesadelos com o boneco, sem falar no mais importante: a capacidade de poder se identificar com um personagem do mal. Radfahrer se vale do tal Huggy Wuggy para nos dirigir ao tema de sua coluna desta semana: crianças e tecnologia.

A preocupação do colunista, na verdade, é com o fato de os pais liberarem para o uso de crianças ainda muito pequenas dispositivos tecnológicos como tablets ou celulares, ou com conta no Instagram. “O acesso de uma criança à internet como nós usamos, como nós a conhecemos, é equivalente a você pegar um velhinho ou pegar alguém que não tem nenhum conhecimento de internet e colocar ele direto nos porões da deep web”, argumenta Radfahrer, que considera ser o mais correto os pais deixarem nas mãos de seus filhos um tablet velho e colocar os filmes lá dentro, mas de forma alguma jogar a criança no universo virtual, “porque mesmo o aplicativo que mais protege, como um YouTube Kids, por exemplo, vai ser suscetível a um mau uso”.  Por isso, todo cuidado é pouco, adverte ele, ao finalizar: “Não vale deixar a criança livre na internet, do mesmo jeito que você não deixaria a criança solta na rua”.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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